quinta-feira, 14 de julho de 2016

Mulher de Eduardo Cunha pede que o juiz Sérgio Moro envie a denúncia contra ela para o Rio de Janeiro


A defesa da jornalista Cláudia Cruz, mulher do deputado federal afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pediu ao juiz Sergio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato em Curitiba (PR), que a denúncia a que ela responde na Justiça do Paraná seja enviada à Justiça do Rio de Janeiro. Cláudia é ré pelos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Segundo o Ministério Público Federal, Cláudia é suspeita de esconder recursos de propina em uma conta secreta no Exterior da qual era beneficiária final e utilizar o dinheiro para pagamentos e gastos de luxo. De acordo com o Ministério Público Federal, o empresário Idalécio de Castro Rodrigues de Oliveira pagou propina ao deputado Eduardo Cunha para ser beneficiado em um contrato de aquisição dos direitos de participação na exploração de um campo de petróleo no Benin. Ao todo, teriam sido pagos a Cunha 1,311 milhão de francos suíços, o equivalente a 1,5 milhão de dólares. Parte da propina acabou remetida a contas no Exterior registradas em nome de offshores ou trusts, que alimentavam o cartão de crédito utilizado por Cláudia Cruz em compras de artigos de luxo. Na petição, impetrada na quarta-feira, os advogados de Cláudia citaram o artigo 70 do Código de Processo Penal, que diz que a competência para julgar a infração será definida pelo lugar em que ela foi consumada. Segundo a defesa, o Rio de Janeiro é o “local onde teriam sido praticadas as imaginárias condutas que lhe são imputadas”.

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