sábado, 2 de julho de 2016

Procuradores se insurgem contra o "abolicionismo penal" do Poder Judiciário

O procurador regional da República, José Augusto Vagos, que atua no TRF-2, ficou escandalizado com a decisão do desembargador Antonio Ivan Athié, de transferir para prisão domiciliar Carlinhos Cachoeira, Adir Assad e Fernando Cavendish - que ainda está foragido. Vagos disse que vai recorrer de uma decisão que "beira o abolicionismo penal". Disse ele: "Vamos recorrer para tentar reverter essa decisão, que beira o abolicionismo penal. Prisões domiciliares sem análise mais profunda e cuidadosa, num contexto de desvios de quase 400 milhões; soltura relâmpago... fico a imaginar quais situações em concreto justificariam uma prisão cautelar para sua excelência, que, com todo respeito, sequer deu chance da PRR-2 ser ouvida". E continuou: "É um desprestígio aos órgãos de persecução que trabalharam duro para essa operação, com gasto enorme de tempo e dinheiro, para, sem maiores considerações e aprofundamentos, concederem-se prisões domiciliares em série. Também importante ressaltar que foram mais de 20 denunciados, e o Ministério Público Federal teve o cuidado de pedir prisões de uns poucos, mas importantes, que representariam maior risco à ordem pública e à regular aplicação da lei penal". 

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