quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Fotógrafo baleado no olho em 2013 é culpado por acidente, decide Tribunal de Justiça paulista



O Tribunal de Justiça de São Paulo negou um pedido de indenização do fotógrafo Sérgio Silva, que perdeu a visão em um olho após ser atingido por uma bala de borracha da Polícia Militar durante protesto em junho de 2013. Sérgio Silva entrou com uma ação pedindo uma indenização do Estado de São Paulo no valor de R$ 1,2 milhão, além de uma pensão mensal e reembolso por despesas médicas.
Segundo decisão do juiz Olavo Zampol Júnior, proferida na última quarta-feira (10), o repórter seria culpado por ter se ferido, já que se colocou "em situação de risco" ao se posicionar entre a polícia e manifestantes para fotografar a manifestação. O acidente aconteceu no protesto de 13 de junho de 2013, quando 15 jornalistas se feriram. Em 2014, o Tribunal de Justiça de São Paulo já havia chegado a uma decisão semelhante no caso do fotógrafo Alex Silveira, atingido no olho em uma manifestação na avenida Paulista, em 2000. Na época, ele trabalhava no jornal "Agora São Paulo", do Grupo Folha. Silveira conseguiu a indenização em primeira instância, mas perdeu a causa após o Estado recorrer. A Justiça considerou que o jornalista "colocou-se em quadro no qual se pode afirmar ser dele a culpa exclusiva do lamentável episódio do qual foi vítima". Fotógrafos, dotados de um espírito de esquerdismo fácil, costumam ser favoráveis às manifestações de organizações comuno-petistas, e postam-se sempre de modo a acentuar a "violência policial", criando desculpas para os agrupamentos de esquerda em suas iniciativas de vandalizações. O correto seria os fotógrafos se posicionarem atrás da linha de policiais para documentar estes eventos. E não ficar provocando para se tornar uma "vítima". As direções dos órgãos de comunicação também são responsáveis por isto. 

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