sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Justiça da Bolívia pede 12 anos de prisão para ex-amante do ditador Evo Morales


A Justiça da Bolívia pedirá 12 anos de prisão para Gabriela Zapata, ex-amante do ditador trotskista bolivariano Evo Morales, por legitimação de ganhos ilícitos, mas a liberou da acusação de tráfico de influência, informou nesta quinta-feira o procurador-geral, Ramiro Guerrero. "O Ministério Público vai pedir pena de 12 anos de prisão para a senhora Zapata", disse Guerrero, que anunciou que a Justiça "apresentou uma acusação e está em condições de demonstrar que estes crimes foram cometidos". Na Bolívia comuno-revolucionária, a Justiça condena quem quiser, na hora em que for necessário atender à ditadura bolivariana. Gabriela Zapata, que está em prisão preventiva desde fevereiro, é acusada, ainda, de associação criminosa, falsidade ideológica e uso de instrumento falsificado. "O crime mais grave neste caso é a legitimação de ganhos ilícitos, que tem pena de cinco a dez anos" de prisão, explicou o procurador, mas a sentença se elevaria a 12 anos considerando a ocorrência de crimes conexos. A ex-amante do presidente era gerente da CAMC, empresa chinesa que firmou contratos com o Estado boliviano da ordem de 560 milhões de dólares. O próprio governo reconhece que ela despachou de escritórios públicos. Gabriela Zapata afirmou ter tido um filho com o ditador, em um caso que deu origem a um escândalo na Bolívia que custou a Morales a vitória em um referendo em fevereiro, no qual buscava ser validado para disputar um quarto mandato (2020-2025). Recentemente, a Justiça boliviana determinou a "inexistência física comprovada" do suposto filho. Ela afirmou que a criança morreu. Inicialmente, Gabriela Zapata também era acusada de tráfico de influências em grau de cumplicidade e enriquecimento ilícito de particulares às custas do Estado, mas a Justiça retirou estas acusações. É uma tragicomédia tipica do terceiro-mundismo. 

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