segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Mercado eleva projeção de inflação e vê crescimento maior do PIB em 2017


Economistas elevaram pela segunda semana seguida a projeção para a inflação neste ano e também aumentaram a previsão para o IPCA, índice oficial de preços, em 2017. Já a expectativa para a atividade econômica melhorou para este ano e para o próximo, de acordo com o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (29). A pesquisa semanal do Banco Central mostrou que a perspectiva para a inflação foi elevada de 7,31% para 7,34% em 2016. Para 2017, a projeção passou de 5,12% para 5,14%, ainda dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional —4,5% com 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Para 2018, a inflação estimada é de 4,5%. A piora na avaliação deste ano ocorre após a prévia da inflação avançar 0,45% em agosto, ante 0,54% no mês anterior. Alimentos continuam pressionando os preços neste ano, mas em ritmo inferior ao verificado em julho. No ano, a prévia da inflação acumula alta de 5,66%, bem abaixo dos 7,36% do mesmo período de 2015. No acumulado de 12 meses, a alta é de 8,95%. A projeção para a queda do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano passou de 3,20% para 3,16%. Para 2017, o crescimento previsto passou de 1,20% para 1,23%, e em 2018 permaneceu em 2%. A melhora na perspectiva econômica também é refletida em indicadores de confiança na economia divulgados na semana passada. A confiança do consumidor do Brasil subiu pelo quarto mês seguido em agosto e atingiu o maior patamar em mais de um ano e meio, com a melhora do sentimento com a situação atual, segundo dados com a FGV (Fundação Getulio Vargas). Já o Índice de Confiança da Construção do Brasil subiu pelo segundo mês seguido em agosto, enquanto o Índice de Confiança do Comércio do Brasil avançou pelo quarto mês seguido. A expectativa para a taxa de juros no Brasil foi mantida em 13,75% neste ano e passou de 11% para 11,25% em 2017. Nesta semana, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) realiza reunião para definir se mantém ou corta a taxa básica do País, atualmente em 14,25%. Em relação à taxa de câmbio, a projeção para o dólar no fim deste ano caiu de R$ 3,30 para R$ 3,29 e foi mantida em R$ 3,45 em 2017.

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