sábado, 13 de agosto de 2016

Oficializado o gigantesco calote, Sete Brasil protocola pedido de recuperação judicial

O plano de recuperação judicial protocolado na sexta-feira pela Sete Brasil na Justiça do Rio de Janeiro prevê a construção de até 12 sondas de perfuração de poços de petróleo, que vão demandar investimentos adicionais de US$ 5 bilhões. A empresa terá que conseguir financiamentos de terceiros para conseguir levar o plano adiante. “O objetivo do plano é tentar viabilizar a empresa do ponto de vista operacional para garantir um fluxo de receitas e pagar os credores”, disse Adriana Chagastelles, gerente-executiva de governança e relações com investidores da Sete Brasil. A partir de sexta-feira até a assembléia geral de credores, prevista para 10 de novembro, a Sete Brasil vai precisar avançar em negociações com a Petrobras — a cliente única da empresa — em uma mediação cujas discussões ainda não começaram. O plano apresentado à Justiça, portanto, é um plano geral cujas condições comerciais ainda precisarão ser detalhadas a partir das conversas com a Petrobras. Essas condições a serem acertadas com a Petrobras incluem o número de plataformas marítimas a serem construídas a ser incluído no portfólio da Sete Brasil e os valores das taxas de afretamento, entre outras questões. “Nossos contratos são válidos e eficazes, mas como precisamos buscar fontes de financiamento para terminar as 12 sondas os potenciais investidores precisam ter segurança sobre a continuidade dos projetos”, disse Adriana. E acrescentou: “E quem pode passar essa segurança é a Petrobras". Ocorre que, no momento, depois da destruição demolidora promovida pelo regime petralha na estatal, a Petrobras não consegue segurar nada. Ela afirmou que como o mercado tende a ter resistência de tomar o risco de construção das sondas, uma das alternativas consideradas pela Sete Brasil é que alguns estaleiros financiem uma ou duas sondas. A lógica é que o estaleiro poderia auto-financiar o término da construção tendo como garantia uma carta de crédito de banco que aceitaria financiar a unidade após a entrega. É tudo pedalada, barrigada, não tem consistência alguma o tal plano. 

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