quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Paralisação de servidores afeta Tesouro Direto e leilões de títulos do governo



Servidores do Tesouro Nacional paralisaram suas atividades nesta quarta-feira (17) para participar de uma assembleia na qual foi definido que a categoria vai trabalhar em regime de "operação padrão" até que o governo abra uma nova negociação salarial. A movimentação do Tesouro cria dificuldades para quem tenta fazer aplicações no Tesouro Direto. A instituição também cancelou um leilão de títulos públicos que ocorreria nesta quarta, "por motivos de força maior". O movimento tem atrasado ainda transferências governamentais e operações de crédito para Estados e municípios. Rudinei Marques, presidente da Unacon (sindicato dos auditores e técnicos de finanças e controle), que representa a categoria, afirmou que não está descartada uma greve por tempo indeterminado. Os funcionários do Tesouro estão entre os primeiros que aceitaram o reajuste de 21,3% para o funcionalismo acertado com a presidente afastada, Dilma Rousseff. A proposta foi aprovada pelo Congresso e sancionada pelo presidente interino, Michel Temer. Posteriormente, o governo concedeu reajuste superior para algumas carreiras, como na Receita Federal, incluindo um bônus por eficiência. Em alguns casos, isso representa uma diferença salarial de até R$ 6.000,00 segundo a Unacon. Nesta terça-feira (16), 94 gerentes do Tesouro Nacional, 77% do total, entregaram seus cargos de confiança em protesto. "Sabemos da situação fiscal. Os servidores do Tesouro estavam até em dúvida se os reajustes de outras categorias ia sair. Mas o governo resolveu ceder para outras carreiras, de forma muito acima da capacidade do Estado. Não podemos aceitar de forma pacífica", afirmou o presidente da Unacon. 

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