quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Produção industrial cresce 1,1% em junho no País, mas teve recuo 9,1% no semestre


A produção industrial no Brasil cresceu 1,1% em junho em relação a maio, indicando que o setor pode estar finalmente se recuperando das perdas registradas em meses anteriores, de acordo com dados do IBGE divulgados nesta terça-feira (2). O resultado veio em linha com o centro de expectativas dos economistas consultados pela agência internacional Bloomberg, que previam avanço de 1,1%. O dado, porém, não foi suficiente para eliminar as perdas registradas até agora. No semestre, a queda acumulada foi de 9,1%. Em relação a junho de 2015, o recuo é de 6%, melhor que a estimativa da Bloomberg, que era de queda de 6,3%. Nesta base de comparação, foi a 28ª taxa negativa consecutiva, renovando o recorde da série histórica da pesquisa, iniciada em 2002. Em maio, a produção industrial ficou estável, após ter crescido em março (1,4%) e abril (0,1%). Dos 24 setores acompanhados pela pesquisa, 18 tiveram aumento de produção em junho na comparação com maio, segundo o IBGE. A principal contribuição positiva veio de veículos automotores, reboques e carrocerias, com avanço de 8,4%. O ramo já havia crescido 5,5% em maio em relação a abril. O segmento perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene cresceu 4,7%, mesmo percentual de metalurgia. Houve contribuições positivas ainda de confecção de artigos do vestuário e acessórios (9,8%) e artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (10,8%). Na ponta contrária, produtos alimentícios registraram queda de 0,7% na comparação com maio, enquanto o ramo de bebidas recuou 2,6%. O setor de papel e celulose caiu 2%. Na comparação com junho de 2015, 20 dos 26 ramos pesquisados tiveram queda, segundo o IBGE. As maiores retrações foram verificadas pelas indústrias extrativas — queda de 12,5% —, pressionadas pelo minério de ferro, e coque, derivados de petróleo e biocombustíveis (-13,2%). Produtos alimentícios acumula queda de 3,3%, enquanto veículos automotores, reboques e carrocerias caem 4,3%. As únicas altas no período foram registradas por outros produtos químicos (2,3%) e artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (8,9%).

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