sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Senadores dizem que pergunta formulada por Lewandowski sobre impeachment pode salvar Dilma


Senadores favoráveis ao impeachment de Dilma Rousseff querem que o presidente do STF, Ricardo Lewandowski, altere a pergunta que fará na fase final do processo do impeachment para definir se a presidente será ou não afastada. Segundo estes senadores, o “quesito” a que os parlamentares devem responder “sim” ou “não” para definir o impedimento não faz referência a todos os crimes cometidos por Dilma e abriria uma brecha para que ela se defendesse no STF. A acusação do Senado diz que Dilma cometeu crime de responsabilidade, que está na Constituição, e crimes contra a lei orçamentária, que são regulados pela Lei 1.079 de 1050. O problema é que a pergunta que será feita aos senadores, se Dilma cometeu ou não crimes, não faz referência à Constituição e cita somente um dos artigos da lei 1.079, justamente o artigo que José Eduardo Cardozo diz, desde o início do processo, que deixou de valer a partir de 1988, quando a Carta foi promulgada. Ou seja, se Dilma for condenada somente por um artigo da lei 1.079 que pode vir a ser invalidado pelo STF, seria possível tentar reverter o impeachment através do Supremo. Para não dar margem a especulações futuras, os senadores querem que a pergunta, o chamado “quesito”, narre textualmente todos os crimes e dispositivos legais e constitucionais que estão no relatório de Antonio Anastasia.

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