quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Até mortos e beneficiários do Bolsa Família fazem doações para candidatos, diz TCU


O Tribunal de Contas da União encontrou indícios de irregularidades em mais de um terço dos 114.526 doadores que já contribuíram para as campanhas dos candidatos a prefeito e vereador este ano. Há, por exemplo, pessoas cadastradas no Bolsa Família e outras que possivelmente não tem capacidade financeira para doar. Na lista, foram encontrados 35 CPFs de pessoas que constam como mortas. A lista de 38.985 doadores com indícios de irregularidades foi entregue na segunda-feira ao Tribunal Superior Eleitoral, que irá encaminhá-la aos juízes eleitorais e ao Ministério Público Eleitoral. O índice de 34% de doadores com indícios de irregularidades é considerado alto, mas só depois da checagem pelos juízes eleitorais é que será possível confirmá-los ou não. O TCU também checou informações sobre 60.952 fornecedores com os quais os candidatos tiveram despesas. Nesse caso, houve indícios de irregularidades em 1.426, ou 2,34% do total. Entre os principais tipos de indícios de irregularidades estão empresas sem capacidade operacional, sem empregados cadastrados na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), ou não registradas na Junta Comercial ou na Receita Federal. Quando o Supremo Tribunal Federal foi tomado de estupidez protopetista galopante e proibiu as doações eleitorais de empresas, ficou evidente que haveria uma gigantesca indústria de CPFs que seria utilizada nesta campanha, para mascarar o ingressos de recursos via Caixa 2. Agora a prova incontestável está aí. 






Esta é a primeira campanha depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu doações de empresas.

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