segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Cármen Lúcia toma posse como presidente do Supremo Tribunal Federal

Em uma cerimônia disputada por autoridades do governo e a cúpula do Poder Judiciário, a ministra Cármen Lúcia tomou posse na tarde dessa segunda-feira como presidente do Supremo Tribunal Federal. O ministro Dias Toffoli será o vice, em um mandato de dois anos de duração. Estiveram presentes ao evento o presidente Michel Temer, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Renan tem hoje dez inquéritos abertos no STF, entre investigações da Lava-Jato, da Zelotes e de outros temas. O poderoso chefão da Orcrim petista e ex-presidente Lula, que também responde a um um inquérito no STF por conta da Operação Lava-Jato, também compareceu. Ele foi o responsável pela nomeação de Cármen Lúcia para uma das onze cadeiras do tribunal, em 2006. Desde que deixou a presidência da República, em 2010, Lula não havia sido visto no STF. Outro investigado na Lava-Jato que fez questão de comparecer à posse foi o senador Edison Lobão (PMDB-MA). O ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União, também foi cumprimentar Cármen Lúcia. Ele é investigado na Operação Zelotes, em um processo relatado pela ministra. Logo no início da cerimônia, Caetano Veloso cantou o hino nacional e tocou a música no violão, sentado em um banquinho, no plenário do tribunal. Os dois advogados-gerais da União no governo de Dilma Rousseff, Luís Inácio Adams e o "porquinho" petista José Eduardo Cardozo, estiveram no evento. O ministro das Relações Exteriores, José Serra, também. Ainda no rol de autoridades, estiveram no STF os governadores do Piauí, Wellington Dias; de São Paulo, Geraldo Alckmin; do Mato Grosso, Pedro Taques; do Maranhão, Flávio Dino; e de Minas Gerais, Fernando Pimentel. Ainda compareceram os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), Eunício Oliveira (PMDB-CE), José Pimentel (PT-CE), Tasso Jereissati (PSDB-CE) e José Agripino (DEM-RN). Para a posse, na sede do STF, foram convidadas cerca de duas mil pessoas, entre as quais vários padres. Cármen Lúcia não quis que fosse organizada a tradicional festa em homenagem ao novo presidente, geralmente custeada por associações jurídicas. Essa solenidade de posse foi a mais cabal comprovação do quanto Brasília tem uma vida promíscua. 

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