quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Caseiro Francenildo, que teve sua conta estuprada pelo regime petralha, diz sobre Palocci: "... eu sempre estava falando a verdade"

 

Desde que o "porquinho" petista Antonio Palocci foi afastado do Ministério da Fazenda, Francenildo Costa sabia que seu nome voltaria à tona caso o petista viesse a enfrentar a Justiça. Preso na segunda-feira pela Operação Lava-Jato, Palocci enfrentou sua primeira tormenta na vida pública em 2006, quando foi demitido depois de ter seu nome envolvido no estupro da conta bancária de Francenildo, na Caixa Econômica Federal, por ordens do comunista trotskista petista Jorge Matoso, subordinado de Palocci. Dias antes, o caseiro havia deposto na CPI dos Bingos e revelado que o político era presença constante em uma mansão usada para festas (com mulheres fornecidas pela cafetina Mary Jeanny Corner), reuniões de lobby e repartição de dinheiro, a famigerada Mansão de Ribeirão Preto. "O sentimento é que na época eu sempre estava falando a verdade. Reunião lá teve, as festinhas teve. Aquela velha história que eu sempre afirmo e até hoje afirmo. Poucos me deram ouvido, poucos acreditaram, né? — disse Francenildo. Caseiro de uma propriedade no Lago Sul, região nobre de Brasília, Francenildo foi acusado de denunciar Palocci em troca de compensação financeira. Extratos de sua conta na Caixa Econômica Federal mostravam depósitos totalizando R$ 38 mil, que, na verdade haviam sido feitos pelo pai de Francenildo. A Caixa Econômica Federal já foi condenada em segunda instância a pagar R$ 400 mil de indenização por violar os dados bancários do caseiro, mas há recursos em andamento. "Eu só fico chateado quando falam em alguma coisa de Palocci, sempre aparece eu na hora, volta tudo atrás. E o processo, que é bom, não anda", diz ele. Como muitos brasileiros, Francenildo se mostra desiludido com os rumos da política (“O pessoal diz que vai fazer o bom e eu não vejo nada, só coisa ruim”), e afirma que não teria nada a dizer para aqueles que, no passado, o acusaram de mentir em seu depoimento: "Eu não diria nada não. Pra mim já foi, passou. Só que achei ruim a maneira que eles fizeram, né. Foi cruel, foi pesada. É vida que segue, eu tô bem".

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