terça-feira, 27 de setembro de 2016

Presidente da Portela e candidato a vereador é assassinado no Rio de Janeiro


O presidente da escola de samba Portela e candidato a vereador pelo PP, Marcos Vieira de Souza, de 52 anos, conhecido como Falcon, foi morto a tiros na tarde desta segunda-feira (26) dentro de seu comitê de campanha, em Madureira, zona norte do Rio de Janeiro. Por volta das 16 horas, dois homens encapuzados entraram no comitê e executaram o candidato com diversos tiros. Além de Falcon, estavam no local outras cinco pessoas. Segundo a assessora de Falcon, Simone Fernandes, o corpo foi retirado pelo Corpo de Bombeiros sob uma salva de palmas de moradores. Subtenente da Polícia Militar, Falcon chegou a ser preso em abril de 2011, acusado de pertencer a uma milícia nos bairros de Madureira e Oswaldo Cruz, e foi expulso da corporação. Foi reintegrado em 2012, após ser absolvido, e estava licenciado devido às eleições. A polícia chegou a investigar, em março, um plano para assassiná-lo. Portelense, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), declarou apoio à candidatura de Falcon em julho deste ano. Ou seja, o prefeito apoiou um chefe de milícia. Isso é a política no Rio de Janeiro. Em um evento da escola de samba, Paes falou, ao lado de Falcon: "Seria muito legal poder ter na Câmara um cara como o Falcon, que mostrou, quando entrou no samba, que dá para fazer o samba profissional, que dá pra fazer as coisas sérias, e é isso que gera emprego para esta cidade". Falcon virou presidente da agremiação em maio deste ano. Desde que se tornara vice, em 2013 a Portela voltou a disputar primeiros lugares no Carnaval carioca. Ele era casado com a porta-bandeira da Beija-Flor, Selminha Sorriso, de 45 anos. O velório acontece nesta terça-feira (27) na quadra da Portela. A morte de Falcon vem na esteira de uma série de assassinatos políticos no Estado do Rio de Janeiro. Desde desde novembro de 2015, houve ao menos 14 vítimas envolvidas nas campanhas políticas da Baixada Fluminense. No mesmo período de 2012, registrou-se apenas um caso.

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