sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Tribunal rejeita pedido da defesa de Lula de suspeição do juiz Moro


O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) , com sede em Porto Alegre, rejeitou a alegação da defesa do poderoso chefão e ex-presidente Lula de que o juiz federal Sergio Moro seria suspeito para seguir julgando os processos da Operação Lava-Jato. A exceção de suspeição foi julgada na quarta-feira e indeferida. A defesa de Lula havia argumentado que Moro ordenou conduções coercitivas e interceptações telefônicas ilegais, além de ter levantado ilegalmente o sigilo profissional dos advogados do petista ao grampear seus telefones. Para o desembargador João Pedro Gebran Neto, relator do caso, "a simples verificação dos pressupostos necessários à instauração de medidas cautelares não permite dizer que o julgador seja suspeito ou esteja impedido de continuar na lide". Para ele, a atuação de Moro está restrita ao cotidiano jurisdicional. Quanto aos grampos telefônicos dos advogados do ex-presidente, Gebran afirmou que o terminal estava registrado em nome da empresa Lils Palestras, pertencente a Lula, e não de um escritório de advocacia. A defesa do petista tentou invalidar a decisão do TRF4 por apontar o próprio desembargador Gebran como suspeito, por ter relacionamento pessoal com o juiz Moro. O recurso, no entanto, foi rejeitado pelo desembargador federal Victor Luiz dos Santos Laus.

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