quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Eduardo Cunha relaciona Michel Temer e Lula como suas testemunhas na Lava Jato


O ex-deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) chamou o presidente Michel Temer (PMDB) e o poderoso chefão da orcrim petista e ex-presidente Lula (PT) como suas testemunhas de defesa em ação penal na Operação Lava Jato. Temer e Lula fazem parte de um rol de 22 testemunhas convocadas pelo ex-presidente da Câmara dos Deputados. Eduardo Cunha está preso preventivamente na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, desde o dia 19 de outubro por decisão do juiz Sergio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato em primeira instância. O ex-parlamentar é acusado de corrupção, lavagem de dinheiro, evasão fraudulenta de divisas pela manutenção de contas ilegais na Suíça que teriam recebido propina do esquema na Petrobras. As investigações revelam a existência de contas secretas na Suíça e que o empresário Idalécio de Castro Rodrigues de Oliveira pagou propina ao ex-deputado para ser beneficiado em um contrato de aquisição dos direitos de participação na exploração de um campo de petróleo no Benin, na África. Ao todo, Eduardo Cunha teria recebido 1,311 milhão de francos suíços, o equivalente a 1,5 milhão de dólares. Na transação, o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Jorge Zelada teria atuado como intermediário no acerto dos valores. O documento de 68 páginas apresentado pelos advogados do ex-parlamentar também convoca como testemunhas o ex-diretor da área Internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, os ex-ministros Henrique Alves (Turismo), Mauro Lopes (Aviação Civil), o ex-deputado João Paulo Cunha (PT), o pecuarista José Carlos Bumlai, o economista Felipe Diniz, filho do ex-líder do PMDB na Câmara Fernando Diniz, o vice-governador de Minas Gerais, Antônio Eustáquio Andrade Ferreira (PMDB), os deputados federais Leonardo Quintão (PMDB-MG), Saraiva Felipe (PMDB-MG), o deputado estadual João Magalhães (PMDB-MG) e Nelson Tadeu Filipelli (PMDB-DF). O ex-senador Delcídio Amaral, o ex-gerente da área Internacional, Pedro Augusto Cortes Xavier Bastos, o professor de direito José Tadeu de Chiara, o lobista Hamylton Padilha, o ex-funcionário da Petrobras, Sócrates José Fernandes Marques da Silva, Mary Kiyonaga e Elisa Mailhos, funcionárias do Banco Merril Lynch, também fazem parte do rol de testemunhas. 

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