terça-feira, 1 de novembro de 2016

Obras que estavam na casa de Edemar Cid Ferreira irão a leilão neste mês

Um mês e meio depois da venda de uma tela de Jean-Michel Basquiat por R$ 42 milhões na Sotheby's, em Londres, outras 719 obras de arte da coleção do ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira serão leiloadas pela massa falida de seu Banco Santos nos dias 22 e 29 de novembro. Entre as peças está uma escultura de Victor Brecheret com lance mínimo de R$ 1,1 milhão e outra peça de Tunga —avaliada em R$ 400 mil, a obra deve superar com folga esse valor, já que seus trabalhos vêm sofrendo inflação desde sua morte em junho deste ano. Outras peças de maior valor são uma pintura de Tomie Ohtake com lance mínimo de R$ 180 mil, uma escultura de Amilcar de Castro avaliada em R$ 220 mil e outra peça do polonês Frans Krajcberg, artista que está na atual Bienal de São Paulo, de R$ 320 mil. 


Todos esses trabalhos estavam na casa do banqueiro Edemar Cid Ferreira no Morumbi, bairro paulistano. Ele foi despejado do endereço há cinco anos, mas as obras continuaram trancadas lá dentro. Organizada pelo leiloeiro Aloísio Cravo, a venda acontecerá em duas etapas — a primeira delas no dia 22, no hotel Unique, em São Paulo, com as peças mais caras, e a segunda será on-line no dia 29, com destaque para o acervo de fotografias acumuladas pelo ex-banqueiro. No total, as obras que vão a leilão agora estão avaliadas em R$ 10 milhões. Em novembro de 2014, o Banco Santos quebrou, deixando um rombo de R$ 3,2 bilhões, dos quais R$ 1,2 bilhão já foi recuperado, de acordo com Vânio Aguiar, administrador da massa falida. Só em obras de arte desviadas a massa falida já conseguiu recuperar, além do Basquiat, peças vendidas por R$ 14 milhões, entre os quais trabalhos de Fernand Léger, Joaquín Torres-García e Roy Lichtenstein.

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