terça-feira, 29 de novembro de 2016

Pilotos colombianos dizem que comandante do vôo revelou ter pouco combustível


A hipótese de falta de combustível como provável causa do acidente que vitimou o elenco da Chapecoense nesta terça-feira, em Medellín, ganha força. De acordo com a Rádio Caracol, da cidade colombiana, dois pilotos que pousavam no Aeroporto José María Córdova no mesmo momento revelaram, em conversa com repórteres, que o comandante do vôo fretado da Chapecoense alegou estar com pouco combustível. Segundo o diálogo reproduzido pela rádio, os problemas de pane seca "ficaram claros" assim que o pedido de prioridade para pouso foi feito. "Eles chegaram ao limite e não podiam demorar para pousar nem um pouco mais. A torre os colocou a suspender a rota normal de pouso a 21 mil pés. Eu vinha a 19 mil pés, e outro avião estava a 14 mil. O piloto da Chapecoense perguntou se eu ia demorar e dois minutos depois avisou que estava com problemas de combustível. Em seguida, pediu, desesperado, que nós os deixássemos passar", explicou o piloto. A torre de controle de Medellín recebeu o pedido de emergência e autorizou o pouso imediato, mas foi tarde. "Eles passaram o vôo para a frente, e o piloto disse que estava com total falha elétrica. Ele estava a 9 mil pés quando passou Rio Negro, sendo que deveria estar a 10 mil pés. Quando declarou emergência, era muito tarde. Deveria ter parado em Bogotá, mas preferiu ir direto a Medellín", lamentou o comandante ouvido pela rádio.

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