quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Assembléia gaúcha aprova extinção de oito fundações na tangente, os deputados não criam vergonha na cara


A Assembléia Legislativa gaúcha , um antro de figuras paleontológicas, reino do atraso, gastou mais de 18 horas em discussões inúteis para aprovar dois projetos de lei, dos mais importantes, do pacote do Executivo, comandado pelo peemedebista José Ivo Sartori, e que representarão a demissão de 1.002 funcionários celetistas. É uma merreca diante do que deveria ser demitido, ou ter seus contratos suspensos, em face da falência financeira do Estado e da sua incapacidade em pagar a folha salarial atual. O projeto de lei 246 autoriza a liquidação de seis fundações: Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul; Fundação de Economia e Estatística; Fundação de Desenvolvimento de Recursos Humanos; Fundação Piratini – TVE e FM Cultura; Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec); Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan). Já o projeto de lei 240 prevê a extinção de duas outras fundações: Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) e Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore (FIGTF). A Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (FZB) administra o Jardim Botânico, o Museu de Ciências Naturais e o Parque Zoológico de São Leopoldo. As funções serão assumidas pela Secretaria do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. A administração do Jardim Botânico, do Museu de Ciências Naturais e do Zoológico podem ser repassadas à iniciativa privada ou objeto de convênio com universidades.  Essa fundação é um penduricalho que sai caro, tem receita de R$ 4,2 milhões e uma despesa de R$ 24 milhões. Ela só sobrevive porque recebe 19,8 milhões de repasses do Tesouro do Estado. Tudo isso para manter 190 funcionários, que serão demitidos. A Fundação de Economia e Estatística (FEE) é um centro de formação de formação e cultivo de economistas petistas. O exemplo mais cabal da formação de economistas anacrônicos é a mulher sapiens petista Dilma Rousseff, sua funcionária, que destruiu a economia brasileira e jogou o País em uma crise que não será ultrapassada antes de 20 anos. A FEE produz levantamentos, análises, índices e indicadores do desenvolvimento econômico, social e institucional do Estado de nenhuma utilidade, porque nunca prestaram para a formulação de qualquer política econômico-financeira para o Estado do Rio Grande do Sul. Seus serviços continuarão sendo executados por um departamento na Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão. A FEE tem uma muito medíocre receeita de R$ 0,9 milhão, o que dá uma medida da competência de seus economistas, e gera uma despesa anual de R$ 30 milhões, suportada por repasses do Tesouro Estadual da ordem de R$ 29,1 milhões. Ela tem 179 funcionários, 127 dos quais serão demitidos. Do total de seus funcionários, 52 têm estabilidade e serão mantidos na Secretaria de Planejamento. A Fundação de Recursos Humanos (FDRH) atua principalmente na administração de concursos públicos, gestão de estágios e formação, além de assessoramento organizacional, dando suporte administrativo a municípios. É uma pomposa inutilidade, haja vista a incompetência gerencial imperante no Estado do Rio Grande do Sul. Sua receita é R$ 11,2 milhões e gera despesa de R$ 15,6 milhões. Era mesmo insustentável manter tamanha inutilidade. Os 80 funcionários serão demitidos. A Fundação Piratini – TVE e FM Cultura é a mais vistosa de todas as inutilidades mantidas até hoje pelo governo gaúcho. Ela tem emissoras de rádio e TV com audiência zero, duas porcarias que não são vistas e ouvidas por ninguém. Com 40 antenas repetidoras espalhadas pelo território gaúcho e uma geradora em Porto Alegre, a TVE não consegue ter nem meia dúzia de telespectadores. A FM Cultura é outra pomposa inutilidade, que só serve para a excitação de meia dúzia de esquerdopatas. Quem quiser ouvir música boa tem grandes oportunidades por meio, por exemplo, do YouTube e outras plataformas. Essas pomposas porcarias são comandadas por um conselho de 25 comuno-petistas (na sua maioria). O equipamento dessa enorme sanguessuga dos gaúchos será leiloado. A inutilidade pública gera uma receita ridícula, de apenas R$ 1,1 milhão, e consome R$ 27,8 milhões do Tesouro do Estado, vale dizer, dos bolsos dos contribuintes gaúchos. Lá estão pendurados 247 petistas (na sua maioria), que serão demitidos. A Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec) é outra inutilidade que será privatizada, porque não faz qualquer sentido a sua manutenção. Seus 227 funcionários serão demitidos. A Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan) é um cabide de empregos que não tem mais serventia. Seus 131 funcionários serão demitidos. A Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) não tem sentido de existir mais. Suas atividades têm que ser repassadas para a atividade privada. Não é papel do Estado produzir sementes, ou melhorar a genética de rebanhos. Mas, seus funcionários são estatutários e serão vinculados à Secretaria da Agricultura. Fecha também a Fundação Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore (FIGTF). Essa estrovenga tem nove funcionários. Foi o maior sacrifício e dificuldade para ser aprovado esse pacotinho, um autêntico parto da montanha, que gera um ratinho. Para acabar com esses trambolhos houve a maior resistência das corporações e de deputados e partidos reis do atraso. É por isso que o Rio Grande do Sul não sairá do estado falimentar. O número de votos alcançados foi o suficiente para aprovar pela tangente os dois projetos. Fica longe da quantidade de votos necessária para a aprovação de projetos de emenda constitucional. O mundo do atraso continuará imperando no Estado. 

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