terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Governo Temer comemora, aliviado, a aprovação da PEC do Teto de Gastos Públicos no Senado, mas com bem menos votos


O Palácio do Planalto e o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), comemoraram a aprovação definitiva da PEC do Teto de Gastos Públicos nesta terça-feira. Mas a votação foi mais apertada do que no primeiro turno. Votaram a favor 53 senadores. No dia 29 de novembro, no primeiro turno, haviam sido 61 votos favoráveis. No PMDB, três senadores faltaram e ainda um mudou de voto e ficou contra a PEC. Na prática, dez senadores da base aliada estavam ausentes no momento da votação, a maior parte do PMDB: Jader Barbalho (PMDB-PA); João Alberto (PMDB-AP); Rose de Freitas (PMDB-ES). A "traição" foi o senador Dário Berger (PMDB-SC), que mudou o voto e ficou contra a PEC. Esse cara agora terá a porta fechada no Palácio do Planalto. Os 53 votos significaram uma margem de apenas quatro votos de folga em relação ao quorum mínimo exigido para aprovação de Propostas de Emenda Constitucional (PEC), que é de 49 votos favoráveis pelo menos. Havia 69 senadores votando, sendo que 53 votaram a favor da PEC e 16 contra. No dia 29 de novembro, no primeiro turno, o placar foi mais folgado: 61 votos a favor e 14 contra. O líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR), disse que o governo sempre teve "certeza da vitória" e que, por isso, mantiveram a votação para esta terça-feira. Segundo ele, em nenhum momento o governo teve risco de perder a votação da PEC do Teto. "Sabíamos que poderia haver seis ausências, mas sempre tivemos certeza da vitória. Por isso, mantivemos a votação para hoje mesmo com um placar menor. Era importante para o mercado votar hoje", disse Romero Jucá: "Em nenhum momento corremos risco de não ter 49 votos. Preferimos manter o calendário, demonstrar que o governo tem voto para aprovar uma emenda constitucional e tranquilizar as pessoas. Se tivéssemos adiado, poderia demonstrar algum tipo de sinal de fraqueza e isso não é verdade. Entregamos o que tínhamos nos comprometido! Na votação do primeiro turno do projeto pelos senadores o placar foi em mais largo a favor do governo, 61 votos. No DEM, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) não votou e depois chegou atrasado ao Plenário. No PRB, o senador Marcello Crivela (RJ), que votou no primeiro turno, não votou agora. No PSB, que encaminhou a favor mas teve votos contrários, o senador Romário (PSB-RJ) não votou. Também faltaram Fernando Collor (PTC-AL); Virginio de Carvalho (PSC-SE); Wilder Morais (PP-GO); e Zezé Perrella (PTB-MG). A oposição ganhou o reforço do voto dos senadores Roberto Requião (PMDB-PR) e Dário Berger (PMDB-SC) para chegar aos 16. Mas alguns chegaram atrasados. Foi o caso do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que depois disse no microfone que não votou mas que seria contra a PEC. 

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