segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Assembléia do Rio de Janeiro aprova a venda da companhia estatal de águas Cedae


O texto-base do projeto de lei que autoriza a privatização da Cedae, a estatal fluminense de águas e esgoto, foi aprovado no final da manhã desta segunda-feira, na Assembleia Legislativa do Rio de Janeeiro. O governo Luiz Fernando Pezão (PMDB) conseguiu a aprovação por 41 votos a favor e 28 contra — um deputado não votou. A medida é exigida pelo governo federal como contrapartida do plano de recuperação fiscal, firmado com o Rio de Janeiro no fim de janeiro. As emendas em destaque passaram a ser votadas desde o início da tarde. Mais cedo, o presidente da Alerj, Jorge Piccini (PMDB), disse que pretende terminar a votação ainda nesta segunda-feira, embora já tenha sessões marcadas para continuar a votação todos os dias, até quinta-feira. “Vou trabalhar com essa vontade, sem nenhuma pressa, dando todo o direito à oposição. Cada destaque demora entre 30 e 40 minutos. Se não der para votar hoje, será votado amanhã (terça-feira)”, disse Picciani. Na discussão, o projeto de lei recebeu 211 emendas dos deputados estaduais, mas os destaques terão de ser aglutinados, pois o regimento da Alerj impõe limites para a apresentação de destaques por bancada. A deputada Enfermeira Rejane (PCdoB) criticou a aglutinação. Na manifestação dos deputados durante a votação do texto base, a oposição criticou a medida. O deputado comunista Marcelo Freixo (PSOL) classificou o valor a ser obtido com a privatização da Cedae como “pífio” diante do rombo nas contas públicas. Irrisórios 500 manifestantes se reúnem em frente à Alerj em ato contra a venda da estatal. Os manifestantes fecharam a Avenida Presidente Antônio Carlos. A Polícia Militar acompanha o protesto, que até o momento ocorre sem nenhum registro de tumulto.

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