sábado, 18 de março de 2017

A empreiteira propineira Odebrecht pagou mesada por mais de uma década para o irmão de Lula



A empreiteira propineira Odebrecht pagou mesada de R$ 5.000,00 a um irmão do poderoso chefão da organização criminosa petista e ex-presidente Lula por mais de dez anos a pedido do petista. A informação constaria da delação de Alexandrino Alencar, ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht. Segundo o delator e ex-executivo corrupto Alexandrino Alencar, a empreiteira repassou o dinheiro a José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, ao longo dos dois governos do petista (2003 a 2010). A mesada teria sido interrompida quando executivos da empreiteira foram presos. José Roberto Batochio, advogado de Lula, afirmou que "o ex-presidente jamais solicitou nem sequer teve conhecimento de qualquer espécie de favorecimento a pessoas de seu círculo familiar, social ou partidário". O episódio, se confirmado, se soma a outras acusações de envolvimento da família de Lula com esquemas na Odebrecht. O ex-presidente é réu em cinco ações por denúncias de corrupção e participação em organização criminosa, entre outras. O petista nega as acusações e aponta perseguição política nos processos judiciais. Uma das ações penais envolve o sobrinho de uma ex-mulher de Lula, Taiguara Rodrigues. Ele teria recebido R$ 30 milhões da empreiteira propineira Odebrecht em troca da atuação do ex-presidente em favor da empreiteira em Angola. Parte desse montante teria sido destinada a gastos pessoais de Frei Chico. O delator corruptor Alexandrino Alencar, porém, afirmou que a soma era maior – a mesada ao irmão do ex-presidente petista não estava incluída nessa conta, de acordo com a colaboração premiada. Também a mulher do ex-presidente, a galega italiana Marisa Letícia, que morreu em fevereiro, foi envolvida em acusações. O delator corruptor Alexandrino Alencar afirmou que ela pediu dinheiro da Odebrecht para reformar um sítio em Atibaia (SP) frequentado pela família. A obra também teria tido atuação da OAS. Lula nega que seja dono do sítio. O advogado de Lula afirmou que a suposta mesada a Frei Chico é uma "deslavada falácia, como tantas outras lançadas por pessoas presas ou encalacradas na Justiça e que querem trocar mentiras por favores e benefícios penais em juízo". "É a era da pós-verdade, das 'fake news'", disse Batochio. 

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