sexta-feira, 14 de abril de 2017

Campanha do petista Tarso Genro, em 2010, mandou a propineira Odebrecht dar R$ 250 mil de dinheiro sujo para o PCdoB


A Odebrecht disse que o peremptório petista e poeta de mão cheia e tenente artilheiro Tarso Genro sabia de tudo que ocorria na sua campanha e que a transferência de recursos para o PCdoB, seu aliado, não ocorreu à revelia dele. Abigail, do PCdoB, disputou a majoritária ao lado de Tarso, Dilma e Paim. O executivo da construtora Odebrecht, Valter Lana, detalhou como se deu a negociação de R$ 250 mil repassados ao PCdoB em 2010, durante campanha de Tarso Genro (PT). No depoimento prestado em regime de colaboração premiada, disse que a intenção da construtora era doar o dinheiro via caixa 2 à campanha do petista, mas que a oferta foi recusada por Estilac Xavier, então coordenador da campanha do PT e pessoa designada para negociar as referidas contribuições. O conselheiro do Tribunal de Contas do Estado e ex-deputado estadual pelo PT exigia que a doação fosse feita de forma legal. No entanto, segundo Lana, uma alternativa foi oferecida: doar em caixa 2 para o PCdoB, que estava na aliança encabeçada pelo PT.  "O PCdoB toparia receber esse dinheiro (de caixa 2)", disse o petista Estilac Xavier, segundo o delator. Estilac, então, teria intermediado um encontro entre uma pessoa chamada André, ligada ao PCdoB, com quem Lana concretizou a doação não declarada. Com isso, nas palavras do executivo, o "dinheiro (de caixa 2) que era para ser do PT, acabou indo para o PCdoB", destacou Lana. Mesmo tendo se encontrado com André, o representante da Odebrecht diz não saber qual era a função exata dele junto ao partido. O marqueteiro da campanha eleitoral do petista Tarso Genro era o publicitário Alfredo Fedrizzi, dono da agência Escala, que, no governo petista, ganhou a maior conta publicitária do Rio Grande do Sul, a do banco estatal Banrisul. Fedrizzi sempre foi unha e carne com o executivo propineiro e delator premiado Alexandrino Alencar, de enorme influência dentro da Odebrecht. O caso será enviado ao Superior Tribunal de Justiça, onde Estilac tem prerrogativa de foro em função do cargo de conselheiro do TCE do Rio Grande do Sul.

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