sexta-feira, 7 de abril de 2017

Gazeta do Povo acabou com jornal impresso no Paraná, bem no Dia do Jornalista; é o fim da era gutenbergiana



O jornal diário Gazeta do Povo, o mais importante do Paraná, algo como a Zero Hora ou o Correio do Povo no Rio Grande do Sul, o Estadão em São Paulo ou o O Globo no Rio de Janeiro, deixou de circular na sua versão impressa. Resolveu ficar apenas na Internet, como faz O Sul em Porto Alegre. Essa notícia vem a público bem no dia do jornalista. É simbólico. Acabam-se os jornais, mas não terminam os jornalistas, que continuam sendo necessários para o levantamento, tratamento e divulgação de informações. Continua não havendo democracia sem imprensa e sem jornalistas. Porém, é certa uma coisa: está acabando a era gutenbergiana. Johannes Gensfleisch zur Laden zum Gutenberg, ou simplesmente Johannes Gutenberg, nasceu em 1398, não estando definido o dia concreto. O seu falecimento deu-se a 3 de fevereiro de 1468, aproximadamente com 69 ou 70 anos. Após tentativas fracassadas, Gutenberg deu a Revolução da Imprensa e é amplamente considerado o evento mais importante do período moderno. Teve um papel fundamental no desenvolvimento da Renascença, da Reforma e da Revolução Científica e lançou as bases materiais para a moderna economia baseada no conhecimento e a disseminação da aprendizagem em massa. Gutenberg foi o segundo no mundo a usar a impressão por tipos móveis, por volta de 1439, após o chinês Bi Sheng no ano de 1040, e o inventor global da prensa móvel. Entre suas muitas contribuições para a impressão estão: a invenção de um processo de produção em massa de tipo móvel, a utilização de tinta a base de óleo e ainda a utilização de uma prensa de madeira similar à prensa de parafuso agrícola do período. Sua invenção verdadeiramente memorável foi a combinação desses elementos em um sistema prático que permitiu a produção em massa de livros impressos e que era economicamente rentável para gráficas e leitores. O método de Gutenberg para fazer tipos é tradicionalmente considerado ter incluído uma liga de tipo de metal e um molde manual para a confecção do tipo. O uso de tipos móveis foi um marcante aperfeiçoamento nos manuscritos, que era o método então existente de produção de livros na Europa, e na impressão em blocos de madeira, revolucionando o modo de fazer livros na Europa. A tecnologia de impressão de Gutenberg espalhou-se rapidamente por toda a Europa e mais tarde pelo mundo. Sua obra maior, a Bíblia de Gutenberg (também conhecida como a Bíblia de 42 linhas), foi aclamada pela sua alta estética e qualidade técnica. Pois essa era da humanidade durou pouco mais de 600 anos, mas alcançou o verdadeiros apogeu nas sublimes criações literárias, expressão maior de manifestação do ser humano. De agora em diante tudo ficará na nuvem. virtual, sem concretude.

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