sexta-feira, 14 de abril de 2017

Máfia do Lixo de Alagoas, que gerou prejuízo de R$ 200 milhões, é investigada


Doze testemunhas de defesa do deputado federal Cícero Almeida, o Ciço (PMDB), começaram a ser ouvidas na tarde de quarta-feira (8), no âmbito da ação penal que investiga a Máfia do Lixo e que tem o parlamentar como réu no Supremo Tribunal Federal. Na quinta-feira (9), será a vez do interrogatório de Ciço. Os depoimentos ocorrem na capital alagoana, nas dependências da 13ª Vara Criminal, no Fórum da Justiça Federal, na Serraria. O deputado Ciço é acusado de participação no esquema responsável por um prejuízo estimado pelo Ministério Público Estadual em R$ 200 milhões em contratos de limpeza urbana que também foram alvos de uma fraude de R$ 15 milhões, durante os dois mandatos do parlamentar no comando da prefeitura de Maceió, entre 2005 e 2012. O depoimento do parlamentar na Ação Penal nº 956 havia sido adiado há seis meses, quando Ciço disputava o retorno à prefeitura de Maceió com apoio do senador Renan Calheiros (PMDB) e do governador Renan Filho. E acabou sendo derrotado pela reeleição do prefeito Rui Palmeira (PSDB), no segundo turno da eleição. De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual, assinada pelo promotor Marcus Rômulo, Ciço teria cometido crimes na contratação emergencial da Limpel e da Viva Ambiental, com fraude R$ 15 milhões.


Também já foram ouvidas as seguintes testemunhas de defesa do deputado: Paulo Valter Gondin, Max Luciano da Rocha Trindade, Elionaldo Maurício Magalhães Moraes, Luiza Beltrão Soares, Carlos Roberto Lima Marques, Fernando Sérgio Tenório de Amorim, Marcelo Henrique Brabo Magalhães, João Lipo Neto, Niradelson Salvador da Silva, Hiran Calheiros Malta, Carlos Roberto Ferreira Costa e Carlos Alberto Marques dos Anjos. A ação penal marcou toda a trajetória da última campanha de Ciço, através de críticas de adversários e da cobertura da imprensa. Mas, além da ação da Máfia do Lixo, o deputado federal do PMDB foi condenado pelo Tribunal de Justiça de Alagoas, em 28 de novembro de 2016, por improbidade administrativa na ação civil pública resultante da Operação Taturana. Ciço recorre da sentença que o tornou inelegível com base na Lei da Ficha Limpa e determinou o ressarcimento de R$ 195,5 mil de empréstimos ilegais bancados pela Assembleia Legislativa de Alagoas.

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