sábado, 8 de abril de 2017

Oito advogados do casal João Santana e Monica Moura renunciam à defesa após delação


Oito advogados do publicitário baiano João Santana e sua mulher Monica Moura – marqueteiros das campanhas presidenciais de Lula (2006) e Dilma (2010 e 2014) – renunciaram à defesa do casal na Operação Lava-Jato. A decisão foi tomada logo após a homologação da delação premiada do casal pelo Supremo Tribunal Federal. Em petição ao juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos da Lava-Jato em 1ª instância, os criminalistas Fabio Tofic Simantob, Débora Gonçalves Perez, Maria Jamile José, Bruna Nascimento Nunes, Luiz Felipe Gomes, Thais Guerra Leandro, Daniel Paulo Fontana Bragagnollo e João Paulo de Castro Bernardes renunciaram sob alegação de "motivos de foro íntimo". A equipe de advogados cuidava da defesa dos baianos marqueteiros petistas desde que eles se tornaram alvo da Lava Jato. João Santana e Monica Moura foram presos em 2016, mas colocados em liberdade por Moro após o início das negociações para delação. O acordo de colaboração do casal foi homologado pelo ministro Edson Fachin porque os delatores citaram em seus relatos políticos com foro privilegiado no Supremo. Na manhã de terça-feira, durante o julgamento da ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, no Tribunal Superior Eleitoral, o vice-procurador-geral eleitoral Nicolao Dino revelou aos ministros em plenário que João Santana e Monica Moura haviam firmado acordo de delação premiada perante a Procuradoria-Geral da República.

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