domingo, 28 de maio de 2017

As manobras de Renan contra a Lava Jato

Renan Calheiros não surpreende. Alvo de doze processos no STF, o atual líder do PMDB no Senado "passou a consultar parlamentares do PSDB e do PT sobre uma lista de candidatos anti-Lava Jato para a Presidência da República, caso Michel Temer deixe o posto", segundo o Estadão. Além da ideia de "escolher um nome suprapartidário" que "aceite os termos dos políticos que o elegerão", Renan quer definir "as regras para o pleito indireto através de um projeto de resolução compactuado entre Câmara e Senado, que poderia limitar a participação de alguns membros na disputa". O ministro Henrique Meirelles (Fazenda) e o ex-ministro Nelson Jobim, por exemplo, serão inviabilizados se parlamentares decidirem vetar candidatos vinculados à iniciativa privada (embora Jobim, como noticiamos, continue cotado para a pasta da Justiça). A presidente do STF, Cármen Lúcia, também será vetada se for determinado que o candidato tenha vinculação partidária. "A Constituição de 1988 trata dos requisitos para a elegibilidade do presidente, mas não fala especificamente na eleição indireta, o que, para técnicos do Congresso, abriria brechas para o estabelecimento de novas regras sobre o pleito através do Legislativo ou Judiciário". Onde há brechas, há Renan. (O Antagonista)

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