segunda-feira, 1 de maio de 2017

Marqueteiro baiano João Santana disse que Marcelo Odebrecht prensou Dilma para ajudá-lo a abafar a Lava Jato


O depoimento do marqueteiro de Lula e de Dila, João Santana, revolveu um assunto que parecia esquecido e mal esclarecido sobre o envolvimento direto de Dilma no uso de dinheiro sujo e do seu envolvimento com as quadrilhas que assaltaram os cofres públicos. Mas nada é mais grave do que o modo tolerante com que encarou chantagens diretas contra ela, que em determinado momento pareceu querer descartar membros proeminentes da quadrilha de bandidos. “Dilma se achava chantageada pelo Marcelo”, afirmou Santana à Justiça Eleitoral. De acordo com o relato do publicitário baiano, o objetivo da chantagem seria intimidar a então presidente a ponto de fazê-la impedir o avanço das investigações da Lava Jato. Dilma nunca gostou do “Menino”, apelido que usava para se referir a Marcelo Odebrecht, disse o ex-marqueteiro do PT. Conforme depoimento do ex-diretor de Crédito à Exportação da Odebrecht Engenharia e Construção, João Nogueira, à Procuradoria-Geral da República, o ex-presidente da Odebrecht enviou, por meio de Pimentel, documentos que demonstravam o uso de caixa 2 na campanha da petista. O objetivo era demonstrar que Dilma não estava blindada na crise de corrupção que se instalou no seu governo. Dilma também teria sido avisada reiteradas vezes de que a sua situação poderia se complicar se ela não barrasse um acordo internacional entre autoridades do Ministério Público do Brasil e da Suíça, já que a conta da sua campanha estaria “contaminada”. João Santana foi uma das últimas testemunhas ouvidas no âmbito da ação que apura se a chapa encabeçada por Dilma, de quem Michel Temer foi vice, cometeu abuso de poder político e econômico para se reeleger em 2014.

Nenhum comentário: