terça-feira, 30 de maio de 2017

Renan seguirá na liderança do PMDB, dizem senadores


Os senadores Raimundo Lira (PMDB-PB), Hélio José (PMDB-DF) e Garibaldi Alves (PMDB-RN) informaram nesta terça-feira (30) que Renan Calheiros (PMDB-AL) seguirá no posto de líder do partido na Casa. Os parlamentares participaram de uma reunião do PMDB na qual foi discutida a permanência de Renan na função. Ex-presidente do Congresso, Renan Calheiros assumiu o posto de líder do PMDB no início deste ano. Em discursos, vídeos na internet e em notas, ele passou a adotar uma postura contrária às reformas trabalhista e da Previdência Social propostas pelo presidente Michel Temer, o que contrariou integrantes da bancada peemedebista. "Foi uma reunião para ver se decidia alguma coisa e ficou tudo como está", disse Raimundo Lira ao deixar a reunião desta terça-feira. O senador, que aparecia entre os cotados para assumir a liderança, acrescentou: "Chegou-se à possibilidade de encontrar um consenso, uma a possibilidade de o Renan se manifestar em nome dele nas votações das reformas e ter um vice-líder ou dois que se manifestem pela maioria da bancada". Pouco antes da declaração de Lira, Hélio José, aliado de Renan disse que, na reunião, todos os integrantes ponderaram que Renan não precisa mudar o voto, mas precisa manifestar a maioria da posição da bancada. "Todos ponderaram que, se a posição da maioria da bancada nesse momento com relação à reforma trabalhista tende a uma posição, que o senador Renan Calheiros pudesse manifestar essa posição da maioria. Não que ele fosse obrigado a mudar o voto dele. Ele é livre pra votar como quiser", disse. Na semana passada, a insatisfação de alguns integrantes da bancada com Renan ficou explícita após um bate-boca entre ele e Waldemir Moka (PMDB-MS). Na ocasião, o senador alagoano disse que Moka era "puxa-saco" e o parlamentar respondeu: "Há muito tempo vossa excelência não fala pela liderança", acrescentando não conhecer político mais "puxa-saco" que Renan. Em entrevista a jornalistas nesta segunda-feira (28), Renan disse que não temia ser destituído da liderança. "A essa altura da minha vida, o que eu posso temer? Não temo nada. A bancada é muito importante. Todos têm comigo o melhor relacionamento, mas amanhã é um dia importante para que a bancada diga que País ela pensa que pode ajudar a construir", disse. Na semana passada, ele já havia dito que não deixará ninguém "botar canga" nele. 

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