quinta-feira, 11 de maio de 2017

"Vou ser candidato em 2018", diz Lula a Moro em depoimento


O poderoso chefão da organização criminosa petista e ex-presidente Lula disse em depoimento ao juiz Sergio Moro que jamais pediu ao empresário Léo Pinheiro, sócio da OAS, para ele destruir supostos comprovantes de propina ao PT. "Isso nunca aconteceu e nunca vai acontecer". Em depoimento a Moro em abril, Pinheiro contou que Lula teria ordenado a destruição de tais provas. Lula afirmou ainda que não se recordava de ter dito aos agentes da Polícia Federal que o levaram coercitivamente para depor, em março do ano passado, que seria eleito presidente em 2018: "Eu não lembro, mas posso dizer agora. Eu estava encerrando a minha carreira política. Mas agora, depois de tudo o que está acontecendo, estou dizendo em alto e bom som que vou quer ser candidato em 2018". Ele fez questão de frisar que o depoimento no aeroporto de Congonhas "foi uma coisa muito tranquila". Lula se recusou a responder às perguntas do juiz sobre o mensalão, seguindo orientação de seus advogados, e afirmou que já foi julgado no caso. "Já fui julgado três vezes pelo povo brasileiro. Na campanha de 2006, eu era triturado em cada debate na televisão sobre a corrupção. Eu fui eleito com 62% dos votos. Em setembro de 2010 eu alcancei 87% de bom e ótimo nas pesquisas de opinião pública, 10% de regular e apenas 3% de ruim e péssimo, que deve ter sido no gabinete do comitê dos tucanos. Então eu já fui julgado muitas vezes pelos meus gestos administrativos. Eu não posso ser julgado pelo Código de Processo Penal numa coisa em que já fui julgado politicamente, que já foi transitado em julgado. Essa decisão não é de primeira instância, da segunda, mas da Suprema Corte", afirmou. Moro questionou Lula sobre o significado da seguinte frase que ele disse na semana passada: "Se eles não me prenderem logo, que sabe um dia eu mando prendê-los pelas mentiras que eles contam". O ex-presidente brincou com Moro que foi apenas "uma força de expressão": "Primeiro, presidente não manda prender. Presidente não prende ninguém, a não ser em regime autoritário". Lula disse que não acha a frase adequada. Logo em seguida, o petista reclamou da divulgação de conversas telefônicas que ele teve com a mulher: "Vamos, com todo o respeito, tomar cuidado com as declarações. O senhor sabe da mágoa profunda que eu tenho do vazamento das minhas conversas com a minha mulher. Profunda". Lula reclamou também de equipamentos apreendidos no ano passado pela Polícia Federal: "Determine que a Polícia Federal devolva os iPads dos meus netos. É uma vergonha. Está desde de março do ano passado". O juiz respondeu que bastaria seu advogado pedir que ele devolveria os equipamentos.

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