quinta-feira, 29 de junho de 2017

Cade rejeita compra da Estácio pela Kroton


O plenário do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) rejeitou nesta quarta-feira, por 5 votos a 1, a operação de compra da empresa de educação superior Estácio pela Kroton, que criaria uma gigante do ensino particular no País. O único voto favorável à fusão, mediante aplicação de medidas compensatórias, foi dado pela relatora do caso, a conselheira Cristiane Alkmin, que, por sua vez, rejeitou proposta de acordo apresentado na véspera pelas empresas.

Em seu voto, a relatora exigiu a venda dos ativos da Uniderp, com 134 mil alunos, para um concorrente já estabelecido. Também seria vendido um pacote com 124 mil matrículas de alunos presenciais, dos quais 70 mil onde a operação cria sobreposições de mercado. 

O remédio faria com que a participação de mercado das empresas atingisse 14% na graduação presencial ante 10% da Kroton hoje. Sem essas restrições, esse porcentual seria de 17%. A fatia chegaria a 35% no ensino a distância, menor até do que a que a Kroton já tem hoje sozinha, que é de 37%. Sem o remédio, a concentração no EAD poderia chegar a 45%.

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