sábado, 3 de junho de 2017

Ex-secretário de Cabral, Sérgio Côrtes irá trabalhar como médico na cadeia


O ex-secretário de Saúde do Rio de Janeiro, Sérgio Côrtes (uma daquelas maravilhas da dancinha com lencinho na cabeça) irá trabalhar na cadeia. A decisão foi tomada nesta sexta-feira (2), pelo juiz Marcelo Brêtas, da 7ª Vara Federal Criminal. Côrtes está preso desde 11 de abril. Ele é médico e com a decisão poderá prestar atendimento a outros detentos. A idéia da defesa de Côrtes é possibilitar que ele consiga reduzir alguns dias de sua pena ao trabalhar no cárcere. Em 11 de abril, a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Receita Federal deflagraram a operação Fatura Exposta em que foram presos Sérgio Côrtes, ex-secretário de Saúde do governo do muito corrupto peemedebista Sérgio Cabral, e os empresários Miguel Iskin e Gustavo Estellita. As prisões foram pedidas a partir da delação premiada de César Romero, que trabalhou com o ex-diretor do Into, ex-secretário executivo de Côrtes na Saúde, e foi o responsável por entregar todo o esquema. A delação foi homologada pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal. A operação investiga fraudes em licitações para o fornecimento de próteses para o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into). Os investigadores afirmam que, entre 2006 e 2017, os desvios chegaram a R$ 300 milhões. De acordo com as investigações, quando era diretor do Into, Sérgio Côrtes favoreceu a empresa Oscar Iskin, da qual Miguel é sócio, nas licitações do órgão. Gustavo Estellita é sócio de Miguel em outras empresas e já foi gerente comercial da Oscar Iskin. A empresa é uma das maiores fornecedoras de próteses do Rio de Janeiro. O Ministério Público Federal considera que Côrtes foi nomeado para o cargo de secretário de Saúde para continuar com o esquema de propina iniciado quando ele dirigia o Instituto Nacional de Traumato-Ortopedia (Into). Em 2006, quando dirigia a unidade do governo federal no Rio de Janeiro, Côrtes registrou no 11º Ofício de Niterói a compra por R$ 1,3 milhão de uma cobertura na Avenida Borges de Medeiros, na Lagoa. Os investigadores da Lava Jato, no Rio de Janeiro, suspeitam de que o ex-secretário de Saúde pagou pela sua cobertura um valor abaixo de mercado. 

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