quinta-feira, 29 de junho de 2017

Maduro ameaça ir às armas caso haja risco de destruição da revolução bolivariana

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse na terça-feira (27), durante um ato político em Caracas, que o chavismo deveria ir às armas no país para fazer o que não pode ser feito com votos, caso haja risco de a revolução bolivariana ser destruída no país. "Se a Venezuela afundar no caos e na violência, se a revolução bolivariana for destruída, nós iríamos ao combate, nós jamais nos renderíamos e faríamos com as armas o que não se pode fazer com os votos. Libertaríamos nossa pátria com as armas", disse Maduro.

Ele pediu que o mundo escutasse esse alerta, transmitido em cadeia de rádio e televisão no país, depois de três meses de protestos que deixaram 76 mortos. Maduro afirmou que seu governo é a "única opção" de paz no país. "Quem ninguém se engane: queremos a paz, somos homens e mulheres de paz, mas somos guerreiros", completou o presidente.

O líder da oposição Henrique Capriles disse que o presidente "declarou guerra" aos venezuelanos com as afirmações. Já Maduro afirmou que a escolha de uma Assembleia Nacional Constituinte para redigir uma nova Carta Magna para o país é o "único caminho para conseguir a paz" na Venezuela.

A Mesa da Unidade Democrática, principal aliança de oposição, chamou seus simpatizantes para continuar protestando nas ruas do país e para impedir que os centros eleitorais sejam usados para uma fraude no próximo dia 30 de julho, data marcada para a eleição da Assembleia Nacional Constituinte. O governo de Maduro alertou que qualquer sabotagem ao processo eleitoral será punido com prisão.

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