segunda-feira, 26 de junho de 2017

Senador presidente do Conselho de Ética arquiva pedido de cassação de Aécio Neves



O presidente do Conselho de Ética do Senado, senador João Alberto Souza (PMDB-MA), decidiu arquivar o pedido de cassação contra o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) por quebra de decoro parlamentar. O pedido foi apresentado pelos partidos oposicionistas Rede e PSOL, depois que Aécio Neves foi citado nas delações premiadas de executivos do Grupo J&F. Ligado ao grupo político do ex-presidente José Sarney (PMDB), João Alberto alegou falta de provas ao negar a abertura do processo. De acordo com o senador, os membros do conselho têm até dois dias úteis para recorrer de sua decisão, contanto que o recurso reúna pelo menos cinco membros do colegiado. 

O mineiro está afastado do mandato desde o dia 18 de maio, por ordem do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, relator do acordo dos executivos da empresa firmado com a Procuradoria-Geral da República.  Aécio Neves foi gravado pelo dono do Grupo J&F, Joesley Batista, pedindo ao empresário 2 milhões de reais para supostamente custear os honorários de seu advogado, Alberto Zacharias Toron, na Operação Lava Jato. A Polícia Federal filmou três entregas de 500.000 reais a Frederico Pacheco de Medeiros, primo de Aécio Neves encarregado por ele de recolher os valores combinados com o delator.  O tucano foi denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pelos crimes de corrupção passiva e obstrução de Justiça. Se a Primeira Turma do STF, à qual pertence o relator do inquérito contra o tucano, ministro Marco Aurélio Mello, aceitar a denúncia da Procuradoria Geral da República, Aécio Neves se tornará réu e será levado a julgamento. 

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