terça-feira, 25 de julho de 2017

CNJ pede informações sobre escandalosa libertação de filho traficante de desembargadora


O ministro João Otávio de Noronha, do Conselho Nacional de Justiça, pediu informações sobre o caso do traficante Breno Fernando Solon Borges, filho da desembargadora Tânia Garcia de Freitas Borges (ambos na foto acima). Também está presa a namorada do traficante, que estava junto com ele quando o carro que transportava a droga, armas e munições foi interceptado pela Polícia Federal. Preso com 130 kg de maconha, uma pistola 9mm e 199 munições de fuzil calibre 762, Breno Fernando Solon Borges conseguiu que o Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul trocasse a prisão preventiva por internação para tratamento psicológico para tratamento de "Transtorno de Personalidade Borderline". Isso significa: sintomas que incluem instabilidade emocional, sensação de inutilidade, insegurança, impulsividade e relações sociais prejudicadas. Os tratamentos incluem psicoterapia ou, em alguns casos, medicamentos. A hospitalização ajudará se os sintomas forem graves. Quer dizer, quando o sujeito é filho de uma Excelência, Meritíssima, ele vira "louquinho" na hora, e vai para um rica clínica psiquiátrica. Breno Fernando Solon Borges, de 37 anos, alegou estado de “insanidade mental” e pediu à Justiça a suspensão do seu processo. Breno Fernando conseguiu uma liminar no Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul para substituir sua prisão preventiva por internação médica. Ele deixou o presídio na última sexta-feira e foi para uma clínica para ricaços abonados. Povão vai mesmo para a cadeia. A defesa alegou que Breno sofre de Síndrome de Borderline, conhecida como transtorno de personalidade limítrofe, que leva seu portador a alternar momentos estáveis com surtos psicóticos, e não seria responsável por seus atos.


A ordem para a soltura de Breno Fernando Solon Borges foi autorizada na terça-feira da semana passada, mas um outro mandado de prisão expedido pela Polícia Federal impediu sua saída naquele dia. Na sexta-feira, porém, o desembargador José Ale Ahmad Netto concedeu liminar e Breno foi liberado. De acordo com a Polícia Federal, uma organização criminosa especializada no contrabando de armas planejava pela segunda vez o resgate de um detento na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande. Entre os integrantes do grupo responsável pela ação estaria o filho da desembargadora.


As investigações se iniciaram em março, quando o líder da organização orquestrou uma tentativa de fuga da Penitenciária de Três Lagoas com o uso de uma pistola calibre .380. Após análises de aparelhos celulares apreendidos com autorização judicial, a polícia constatou que Breno auxiliaria na fuga do detento e chegou a se deslocar para Três Lagoas.

Breno Fernando Solon Borges foi preso em 8 de abril, flagrado com drogas e uma arma de fogo sem autorização. Ele responde a processo por tráfico de drogas, associação para o tráfico e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. O caso corre em segredo de Justiça. Ele já tinha sido preso no carnaval, com uma pistola, e responde por porte ilegal de arma.



O advogado Gustavo Gottardi, responsável pelo caso de Breno Fernando Solon Borges, não dá entrevista, nem a desembargadora Tânia Garcia de Freitas, mãe do traficante, quer falar sobre o assunto.

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