sábado, 8 de julho de 2017

Delação de Eduardo Cunha, chamada de "nova delação do fim do mundo", deverá acusar 50 deputados


No acordo que negocia com a Lava-Jato, o ex-deputado federal Eduardo Cunha promete contar histórias desabonadoras que envolvem pelo menos meia centena de parlamentares – a maioria destinatária de propinas de esquemas montados em estatais e fundos de pensão. Entre os relatos há também casos de deputados que o procuraram às vésperas de sua cassação, em setembro de 2016, para oferecer o voto em troca de pagamento – um deles pediu 1 milhão de reais para ajudar a livrá-lo no Conselho de Ética. 

Tão logo entregue os capítulos da proposta de delação premiada, o que é esperado para esta semana entre os auxiliares de Janot, o ex-deputado será cobrado a apresentar provas do que diz. A negociação, diz um auxiliar do procurador, será dura: “Ele vai ter que apresentar provas. Não basta só falar”. Entre os investigadores, é consenso que Eduardo Cunha terá de ficar mais um tempo atrás das grades, a exemplo do empreiteiro propineiro Marcelo Odebrecht. As chances de ele receber um perdão judicial, como ocorreu com os donos da JBS, são próximas de zero.

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