sábado, 22 de julho de 2017

Dorrit Harazim ganha o prêmio de jornalismo Maria Moors Cabot

A jornalista Dorrit Harazim, colunista de O Globo, foi anunciada pela Universidade Columbia, em Nova York, como um dos quatro vencedores de 2017 dos Prêmios Maria Moors Cabot. Nascida na Croácia em 1943, Harazim começou a carreira na França e se mudou em 1968 para o Brasil, onde chegou como apátrida. Em Porto Alegre, amigos esquerdistas conseguiram a legalização de sua permanência no País. Trabalhou em publicações como "Veja", "Jornal do Brasil" e "Piauí". É casada com o jornalista esquerdista Elio Gaspari, colunista da Folha. A premiação criada em 1938 e ligada à faculdade de jornalismo "homenageia jornalistas por excelência na carreira e pela cobertura do Hemisfério Ocidental que promova o entendimento interamericano". Em 2017, foram também escolhidos o argentino Martín Caparrós e os americanos Nick Miroff, do "Washington Post", e Mimi Whitefield, do "Miami Herald".

Dorrit Harazim, quando estava na Veja, editou a famosa matéria do "boimate". O erro foi publicado em 27 de abril de 1983, com base em um texto da revista semanal britânica New Scientist, uma piada publicada na semana do dia da mentira, prática tradicional na imprensa local. O artigo da revista britânica narrava um suposto experimento de dois cientistas alemães, Barry McDonald e William Wimpey (referências às redes de lanchonetes McDonald's e Wimpy), da Universidade de Hamburgo. A técnica, de acordo com o texto, consistia em uma descarga elétrica sobre cultura de tomate e células bovinas que ocasionava a fusão de seu material genético. O resultado, após a fecundação da nova célula, era uma fruta de casca semelhante ao couro e com discos de proteína animal e tomate intercalados em seu interior. Sem perceber que se tratava de uma brincadeira, a Veja repercutiu o suposto experimento, apelidado de "boimate", afirmando que "a experiência dos pesquisadores alemães, porém, permite sonhar com um tomate do qual já se colha algo parecido com um filé ao molho de tomate". Após repetidas manifestações negativas, incluindo um desmentido pelo jornal O Estado de S. Paulo em 26 de junho, a revista pediu desculpas aos leitores pelo "lastimável equívoco" em sua edição de 6 de julho. 

Enquanto isso, foi demitido o correspondente em Londres da revista, que tivera a petulância de avisar que seria um erro publicar essa matéria. O reitor da Universidade Columbia, que sequer se deu ao trabalhar de fazer uma rápida pesquisa no Google antes da escolha de seus premiados, Lee C. Bollinger, destacou estar "anunciando os vencedores deste ano num momento em que os acontecimentos no México soaram novos alarmes quanto ao risco intrínseco para o jornalismo independente e investigativo, fazendo lembrar mais uma vez a vulnerabilidade dos repórteres". A Universidade Colúmbia é reconhecida como um antro esquerdista, um reduto da conhecida marxista Escola de Frankfurt.

Nenhum comentário: