quarta-feira, 19 de julho de 2017

IPO do Carrefour Brasil movimenta R$ 5,1 bilhões


O Carrefour Brasil levantou R$ 5,125 bilhões em sua oferta inicial de ações (IPO), com cada ação cotada a R$ 15, ou seja, no piso da faixa indicativa, que ia de R$ 15 a 19. Essa é a maior abertura de capital desde 2013, quando a operação da BB Seguridade movimentou R$ 11,475 bilhões. Os papéis começarão a ser negociados na B3 (ex-BM&FBovespa e Cetip) na quinta-feira. A demanda ficou pouco abaixo de duas vezes o total de ações ofertadas. Não foi uma demanda muito forte (no IPO da Azul, em abril, a demanda dos investidores superou a oferta em mais de quatro vezes), mas ainda assim a varejista conseguiu vender não só as ações do chamada oferta base, mas também um lote suplementar.

Do total captado pela empresa, R$ 3,088 bilhões são referentes à oferta primária, ou seja, o dinheiro vai para caixa da empresa e serão usados para melhorar a estrutura de capital do Carrefour. A intenção da empresa é utilizar os recursos da oferta para o pagamento de empréstimos entre as empresas do grupo e liquidar operações de câmbio e reforçar o capital de giro. Com menor volume de compromissos financeiros, a administração da empresa terá mais espaço para crescer.

Já os demais R$ 2,037 bilhões fazem parte da oferta secundária, ou seja, o dinheiro vai para o bolso dos acionistas vendedores, entre eles a Península Investimentos, do empresário Abílio Diniz. Ele continuará como um dos acionistas do Carrefour Brasil, mas com uma participação acionária menor. Os outros acionistas vendedores são o Carrefour e Carrefour Nederland. O Carrefour tem 576 pontos de venda no Brasil sob as bandeiras Carrefour Hipermercado, Carrefour Bairro, Carrefour Express, Carrefour Drogaria, Carrefour Posto, Atacadão e Supeco, além do comércio eletrônico. No primeiro trimestre do ano, a receita líquida operacional foi de R$ 11,878 bilhões, um crescimento de 7,2% na comparação com igual período do ano passado, segundo dados do prospecto. Essa oferta teve como coordenador líder o Itaú BBA. Bank of America Merrill Lynch, Goldman Sachs, JPMorgan, Bradesco BBI e Santander Brasil também participaram da operação. 

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