segunda-feira, 3 de julho de 2017

Rodrigo Maia viaja e evita assumir Presidência durante ausência de Temer

Primeiro nome da linha sucessória do País, Rodrigo Maia (DEM-RJ) deve ir à Argentina em missão oficial e evitará substituir Michel Temer no Palácio do Planalto durante a viagem do presidente à Alemanha para o encontro do G20. Esta seria a primeira vez que Rodrigo Maia assumiria o comando do Palácio do Planalto desde que a Procuradoria-Geral da República apresentou uma denúncia contra Temer por corrupção passiva, a partir de delações de executivos da JBS.

Citado entre parlamentares e líderes como possível sucessor de Temer em caso de queda, Rodrigo Maia tem adotado uma postura de cautela diante da crise política. Ele engavetou, por exemplo, 24 pedidos de impeachment contra Temer e tem evitado se expor em articulações sobre a votação da denúncia de corrupção contra o presidente. Com a ausência de Rodrigo Maia, o Palácio do Planalto deve ser ocupado pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), também aliado de Temer.

Rodrigo Maia deve embarcar para Buenos Aires na quinta-feira (6) e retornar ao Brasil no sábado (8), mesmas datas da viagem de Temer a Hamburgo para o encontro dos chefes de governo das 20 maiores economias do mundo. Apesar dos gestos de Rodrigo Maia, aliados de Temer ainda o observam com desconfiança, uma vez que ele seria o principal beneficiário de uma possível autorização da Câmara ao prosseguimento da denúncia da Procuradoria Geral da República.

Nesse caso, o presidente seria afastado do cargo por até 180 dias para ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal, e Rodrigo Maia assumiria interinamente o comando do Palácio do Planalto. Ele também é apontado como favorito em uma eleição indireta que seria convocada em caso de condenação de Temer. Inicialmente, o presidente havia decidido não participar da reunião do G20. Nesta segunda-feira (3), no entanto, ele recuou.

A mudança deveu-se ao esforço do presidente de demonstrar que seu governo não está paralisado em decorrência da denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Caso não participasse da reunião, o peemedebista seria o primeiro presidente brasileiro a não viajar ao G20 desde 2010.

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