quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Diretor da ANP vê como "irreversível" a política de preços da Petrobras

A política de preços da Petrobras é "absolutamente irreversível", afirmou o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone, durante painel da Feira e Fórum Internacional de Postos de Combustíveis, Equipamentos, Lojas de Conveniência e Food Service, em São Paulo. Ele avaliou que a manutenção da política de preços da estatal e a confirmação do crescimento de mercado esperado farão com que o Brasil tenha, futuramente, projeto de refino, atraindo capital privado novo, com reflexos em toda a cadeia de combustíveis. Uma das consequências será uma maior competitividade no segmento de distribuição.

Oddone ressaltou que um mercado competitivo beneficia o consumidor. "A transformação no downstream será única", afirmou: "Sempre tivemos competição na distribuição e nos postos de combustíveis, nunca tivemos no refino". O presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e de Lubrificantes (Fecombustíveis), Paulo Miranda, contudo, explicou que a política de preços da Petrobras agravou a situação da revenda, que ficou sem referência de preços. Ainda em seu discurso, Miranda disse que hoje há uma pressão enorme da bancada de biodiesel para aumentar a quantidade de biodiesel no diesel. No entanto, os revendedores de combustíveis estão recebendo milhares de processos de consumidores, porque a qualidade piorou. "Antes de o porcentual (de biodiesel no diesel) passar para 10%, é preciso que haja controle da qualidade do produto", avaliou.

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