quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Governo não conta mais com recursos da Caixa Seguridade para ajudar a fechar as contas em 2018


A equipe econômica não conta mais com recursos da oferta inicial de ações (IPO) da Caixa Seguridade. Nem mesmo para ajudar a fechar as contas públicas em 2018. Problemas nas negociações envolvendo a Caixa e o grupo francês CNP Assurances S.A — que tem contrato assinado com o banco público até 2021 na área de seguros — tornaram imprevisível a operação. A companhia francesa tentou renovar antecipadamente o contrato, mas a proposta foi rejeitada pela Caixa. Segundo uma fonte da equipe econômica, a orientação dada ao banco público, no entanto, é não esperar o vencimento do contrato para reiniciar todo o processo de abertura da capital por se tratar de um negócio "bilionário".

Os recursos a serem obtidos na operação serão destinados à própria Caixa, mas o Tesouro Nacional receberá na ocasião um reforço com o pagamento de impostos. Já no caso da venda da Lotex (loteria Raspadinha), a receita vai direto para os cofres públicos. A previsão é obter R$ 1 bilhão no negócio, previsto ainda para este ano.

Em outra frente, o governo espera obter pelo menos R$ 20 bilhões em receitas com concessões e venda de ativos para ajudar a fechar a meta de déficit primário de R$ 159 bilhões em 2018. Do total, R$ 6 bilhões deverão vir da privatização do aeroporto de Congonhas, mas um terminal de pequeno porte; R$ 7,5 bilhões com a venda de ativos no setor de energia e outros R$ 6 bilhões em outorgas das concessões antigas, principalmente aeroportos. Também vão reforçar o caixa do governo as receitas decorrentes dos leilões já programados nas área de petróleo. Os números serão detalhados na proposta de orçamento de 2018 a ser enviada ao Congresso até 31 de agosto.

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