quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Polícia Federal deflagra Operação Gotham City para prender empresários Batman e Robin


A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quarta-feira a Operação Gotham City, em Curitiba, para prender os empresários Nuno Coelho, cujo apelido é Batman, e Guilherme Neves, conhecido como Robin. Neves está no Exterior e por isso já foi pedido para que seu nome entre na difusão vermelha da Interpol. Já Coelho teve o mandado de prisão contra ele cumprido. O Ministério Público Federal chegou aos nomes dos dois empresários com a prisão de Dayse Alexandra Neves, mulher do ex-presidente do Departamento de Transportes Rodoviários do Rio de Janeiro (Detro), Rogério Onofre, preso na Operação Ponto Final, acusado de receber R$ 43 milhões em propina do esquema da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor) para beneficiar empresas de ônibus. Onofre e Dayse viraram réus na terça-feira na Lava-Jato. Ambos foram presos no início do mês passado.

Dayse Alexandra Neves foi presa porque, segundo o Ministério Público Federal, tentou movimentar uma conta no Exterior após a prisão do marido na Operação Ponto Final. Com ela, foram apreendidos documentos que indicam a provável existência de contas no Exterior e a utilização dos dois empresários para ocultar propina por meio da compra de imóveis. O Ministério Público Federal aponta que Dayse Alexandra Neves e Rogério Onofre são proprietários de 11 imóveis que ficam em dois condomínios que são empreendimentos de Coelho e Neves. A lavagem se dava, segundo os procuradores, porque o valor que constava nos documentos de compra dos imóveis era 50% menor do que eles custavam na realidade. 

Os mandados de prisão foram assinados pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro, responsável pelos casos da Lava-Jato no Estado. O juiz entendeu que, em liberdade, os acusados teriam facilidade de ocultar dinheiro. A ação desta quarta-feira é um desdobramento da operação "Ponto Final", que abriu a "caixinha preta" da Fetranspor com base na delação premiada do delator Álvaro José Novis, doleiro e operador do esquema.

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