segunda-feira, 7 de agosto de 2017

Polícia Federal pede autorização ao Supremo para tentar decifrar os dados do celular de amigo de Temer


A Polícia Federal pediu ao ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, autorização para que o Instituto Nacional de Criminalística realize um procedimento especial a fim de extrair dados do celular do coronel da Polícia Militar aposentado João Baptista Lima Filho, amigo do presidente Michel Temer e alvo de busca e apreensão na Operação Patmos, deflagrada a partir das delações premiadas de executivos da JBS. A autorização específica se justifica, segundo a Policia Federal, porque o procedimento pode levar à eventual perda de dados do aparelho apreendido. 

O telefone celular foi retido pela Polícia Federal em maio, no endereço comercial do coronel Lima, como é conhecido, em São Paulo. Ele é dono da construtora Argeplan. O laudo inicial feito pela polícia indicou que, em relação aos e-mails, somente foi possível ter acesso a data, hora, assunto, remetente e destinatário, mas não ao conteúdo do corpo das mensagens eletrônicas. 

A Polícia Federal também não conseguiu ter acesso a mensagens trocadas pelo WhatsApp e quer usar outra técnica especial de acesso que pode levar a eventual perda de dados. O pedido foi apresentado a Fachin na quinta-feira, mas ainda não houve uma decisão do ministro do Supremo. 

Em depoimento, o executivo Florisvaldo de Oliveira, do grupo J&F, disse que entregou 1 milhão de reais em um escritório na capital paulista a uma pessoa conhecida por “coronel”, que seria Lima Filho. Tanto ele quanto Temer já negaram publicamente terem recebido esse repasse.

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