quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Terroristas islâmicos queriam destruir a Catedral Sagrada Família, de Gaudi, obra prima símbolo de Barcelona


Mohamed Houli Chemlal, um dos suspeitos de planejar o duplo ataque terrorista que deixou 15 mortos na Catalunha, admitiu nesta terça-feira, 22, diante de um juiz espanhol que preparava junto a seus companheiros na célula terrorista um atentado de maior impacto, afirmou uma fonte do judiciário espanhol. O grupo teria pensado originalmente em atacar diversos pontos de Barcelona, até mesmo com o uso de explosivos, incluindo a catedral da Sagrada Família, basílica que é Patrimônio Mundial da Unesco e obra-prima do arquiteto Antoni Gaudi. Chemlal se feriu na explosão acidental em uma casa na cidade catalã de Alcanar (200 km ao sul de Barcelona), onde o grupo fabricava os explosivos para o ataque de maior escala. Ele afirmou para a polícia e confirmou ao juiz que este contratempo fez com que o ataque nas Ramblas e, mais tarde, em Cambrils, fosse antecipado.

Apesar de ter fornecido informações fundamentais para a investigação sobre a célula terrorista que atuou na Catalunha, a procuradoria espanhola pediu que Chemlal seja preso em regime de isolamento e não tenha direito a fiança. Além de Chemlal, outros três suspeitos detidos pela polícia por conexão com os ataques foram levados nesta terça-feira à Audiência Nacional de Madri, jurisdição encarregada dos casos de terrorismo, para serem interrogados. Os outros oito integrantes do grupo morreram, seis deles abatidos pela polícia e dois em uma explosão acidental em Alcanar. 

Os detidos, Driss Oukabir, Mohammed Aallaa, Mohamed Houli Chemlal e Salah El Karib, foram levados em camburões da Guarda Civil escoltado por inúmeros carros da polícia. O juiz Fernando Andreu, depois dos interrogatórios, deve determinar que acusações apresentará contra eles pelos atentados reivindicados pelo grupo Estado Islâmico. As audiências ocorrem a portas fechadas e os suspeitos têm o direito de ficar calado. Cinco dias após os ataques, continuam hospitalizadas 48 pessoas, das quais oito estão em situação crítica e 12 em estado grave, segundo o último balanço da Proteção Civil na Catalunha.

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