quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Delator Marcos Valério, o operador do Mensalão do PT, diz que ex-presidente da Confederação de Vôlei recebeu propina

O publicitário mineiro Marcos Valério, operador do Mensalão do PT, preso desde 2013 em Sete Lagoas (MG), afirmou em delação que o ex-presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), Ary Graça, desviou parte do dinheiro de patrocínio do Banco do Brasil que deveria ir integralmente para a entidade desportiva que ele dirigia. A revelação consta do processo de colaboração premiada de Marcos Valério, condenado a 37,5 anos de prisão por peculato, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e pelo crime contra o sistema financeiro.

As transações, segundo o delator, envolviam o ex-dirigente do vôlei brasileiro, atual presidente da Federação Internacional de Vôlei, e diretores do banco que patrocinava a confederação. De acordo com Marcos Valério, o dinheiro que saáa da verba de patrocínio ia para Ary Graça por meio de caixa 2. No "anexo 39" do registro da delação, o empresário preso conta como era feita a entrega da propina após Henrique Pizzolato, preso no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, assumir uma das diretorias do Banco do Brasil. De acordo com Marcos Valério, mesmo antes da chegada do novo diretor, a agência dele havia feito negócio tanto com o banco quanto com a CBV.

A colaboração feita à Polícia Federal do empresário mineiro, que cita as operações que ficaram conhecidas como o "mensalão mineiro", que envolve ações protagonizadas por Aécio Neves e Eduardo Azeredo, não foi aceita pelo Ministério Público de Minas Gerais em 2016. A Polícia Federal é quem confirmou a delação.

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