sábado, 9 de setembro de 2017

Joesley Batista pode ter gravado sem o lobista Ricardo Saud saber disso


A suspeita de investigadores da Lava Jato é que Joesley Batista, a quem o presidente Michel Temer apelidou de “grampeador-geral da República”, gravou o cúmplice, Ricardo Saud, lobista da J&F/JBS, sem que ele soubesse, para arrancar informações adicionais à própria delação. O objetivo de Joesley seria encantar o procurador-geral Rodrigo Janot municiando-o contra ministros do Supremo Tribunal Federal, transformando-se em “credor”, na sua relação com o Ministério Público Federal. Policiais experientes acham que Joesley pode ter gravado o lobista para mantê-lo sob controle: o testemunho de Saud poderia destruí-lo. Na gravação, Joesley instiga Saud a contar o que sabe do submundo da corrupção e até sobre a vida íntima de autoridades. Durante a maior parte da gravação não parece conversa entre cúmplices, parece mais Joesley interrogando o lobista da J&F/JBS. A conversa se alongou, regada a uísque, e Joesley falou demais, até de infidelidade conjugal, e fez referencias indelicadas à própria mulher.

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