terça-feira, 12 de setembro de 2017

O açougueiro bucaneiro Joesley Batista está fazendo um joguinho de extorsão com o Estado brasileiro, é uma afronta ao povo


O empresário açougueiro bucaneiro e delator meia boca Joesley Batista, da empresa corrupta e corruptora J&F, dona da JBS, disse em depoimento ao Ministério Público Federal que possui mais gravações feitas com diferentes pessoas, incluindo uma conversa com o ex-ministro da Justiça, o "porquinho" petista José Eduardo Cardozo (PT-SP), e que "pode entregar" todas as gravações. O criminoso vagabundo está fazendo chantagem pura, vulgar, das mais ordinárias. Esse bandido tem que ficar na cadeia. 

A declaração está em depoimento realizado na última quinta (7). O termo de declarações foi tornado público nesta segunda-feira (11). Os áudios, segundo o açougueiro bucaneiro Joesley Batista, estão "fora do Brasil", mas ele não foi questionado pelos procuradores sobre onde está esse material e como ele teria sido enviado para o Exterior. 

O fato de o vagabundo ter confessado que escondeu provas na sua primeira delação premiada é mais do que suficiente para comprovar que o ordinário foi desleal com o acordo que assinou, o qual deve ser integralmente anulado, e ele deve entrar em prisão preventiva imediatamente. 

De modo enigmático, o bandido açougueiro bucaneiro Joesley Batista, um tipo muito ordinário, disse também possuir "áudio com relatos de crimes de terceiros interlocutores, sem a participação do depoente". Os procuradores não indagaram como Joesley Batista teria tido acesso ou teria feito essas gravações de conversas em que não estava presente. 

Segundo Joesley Batista, ele avaliou as gravações que conteriam ou não suposto indício de crime e entregou o que julgou necessário à Procuradoria-Geral da República para formar seu acordo de delação. "Há outras gravações em posse do depoente (Joesley), não entregues, por exemplo, a de Cardozo. Esse material hoje está fora do Brasil até porque apenas o depoente manuseia isso. Gravou até encontros com amigos, e por isso não sabe a quantidade de áudios que tem. 

A avaliação sobre os áudios serem ou não prova de crime foi apenas do depoente", disse Joesley, sendo o termo de depoimento. Joesley acrescentou uma informação que não constava de suas declarações anteriores no acordo de delação premiada. Ele disse que o escritório de advocacia de Marco Aurélio Carvalho, que seria um profissional próximo do ex-ministro e "porquinho" petista José Eduardo Cardozo, "emitia mensalmente notas de R$ 70 mil ou R$ 80 mil para contratos fictícios e parte desse dinheiro iria, segundo Marco Aurélio, para José Eduardo Cardozo; o contrato fictício era para manter boa relação com Cardozo. Marco Aurélio dizia que o dinheiro chegava a José Eduardo Cardozo e este tratava muito bem o depoente, mas nunca perguntou se o dinheiro chegava".

O empresário, contudo, negou que na conversa gravada com José Eduardo Cardozo, que estaria "fora do Brasil", o ex-ministro tenha dito que tinha "cinco ministros" do STF "na mão" ou que tenha sugerido alguma influência sobre o Supremo. A menção aos cinco ministros, segundo Joesley, foi "elucubração de dois bêbados em casa e sozinhos". A menção "foi da imaginação de Saud, não foi dito por Cardozo". 

O açougueiro bucaneiro Joesley afirmou ainda que sua empresa também "patrocinou vários eventos e palestras" do Instituto de Direito Público - o IDP, uma escola privada de Brasília pertencente ao ministro Gilmar Mendes. No momento em que os colaboradores avaliaram "o que seria ou não crime", surgiu a questão dos patrocínios ao IDP e então o advogado da JBS, Francisco de Assis e Silva, "disse que não era crime". 

Antes, segundo o depoimento, Silva teria indagado ao então procurador da República, Marcello Miller, sobre o assunto, "e houve divergência de entendimento". A seus olhos, disse Joesley, "não houve nenhum ilícito porque não teve nenhum benefício em troca". Os pedidos de patrocínio, segundo Joesley, partiam de Dalide Corrêa, a principal funcionária dirigente do IDP e próxima de Gilmar Mendes.

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