quinta-feira, 14 de setembro de 2017

STF rejeita suspeição de Janot

O Supremo Tribunal Federal rejeitou, por 9 votos a 0, ontem, o pedido de suspeição contra o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, feito pela defesa do presidente Michel Temer, que alegava perseguição contra o peemedebista e queria retirar o procurador das investigações contra o presidente iniciadas com a delação premiada dos executivos do grupo J&F.

Após o julgamento, a sessão foi suspensa. Depois do intervalo será julgada uma questão de ordem enviada ao plenário pelo ministro Edson Fachin, relator do inquérito contra Temer baseado na delação da JBS. Nessa questão, a Corte discutirá um pedido dos advogados do presidente que querem "sustar" uma eventual nova denúncia contra Temer até o fim da apuração envolvendo o empresário Joesley Batista, e também quais são os efeitos que uma eventual rescisão de acordo de colaboração premiada da JBS terá sobre as provas colhidas na delação.

No julgamento da suspeição, o relator do inquérito em questão contra Temer, o ministro e relator dos procesos da Lava Jato no Supremo, Edson Fachin, afirmou que não há razão em se falar em "inimizade capital" entre Janot e Temer, alegada pela defesa, e que o regimento interno do STF não prevê a hipótese de um procurador-geral da República ser considerado suspeito.

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