quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Terrorista italiano Cesare Battisti preso na fronteira da Bolívia por evasão de divisas


A Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal informaram, em nota conjunta, que o terrorista italiano Cesare Battisti levava “uma quantia significativa em moeda estrangeira” quando foi preso na fronteira do Mato Grosso do Sul. A Polícia Federal atribui ao terrorista italiano o crime de evasão de divisas. Battisti tentava fugir do Brasil, atravessando a fronteira rumo à Bolívia em um táxi, quando foi detido. Inicialmente, a polícia brasileira informou que ele transportava uma “quantia superior a 10.000 reais”. Segundo a Polícia Federal, o terrorista italiano foi encaminhado à delegacia de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, “onde está prestando esclarecimentos relativos ao crime de evasão de divisas”. O crime “se configura quando uma pessoa envia valores para o Exterior sem a devida declaração a autoridade competente”. O terrorista Cesare Battisti foi condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos cometidos nos anos 1970, quando era membro do Partido Proletários Armados para o Comunismo, grupo ligado à extrema esquerda. 

Em 2004, o terrorista italiano fugiu de seu país e, três anos depois, foi preso no Brasil. Na ocasião, a Itália pediu a sua extradição, mas no último dia de seu segundo mandato, em 2012, o poderoso chefão da organização criminosa petista e então presidente Lula assinou decreto no qual negou o pedido do governo italiano. Isso demonstra o quanto a figura do terrorista era importante para Lula e para o PT, a ponto de se tornar no último ato de governo a sua permanência no Brasil. A extradição do terrorista para a Itália, a pedido deste país, já havia sido concedida pelo Supremo Tribunal Federal. 

Desde 2016, com as mudanças ocorridas no Poder Executivo, advogados afirmam que há notícias de que o governo italiano pretende intensificar as pressões sobre o governo brasileiro para obter a extradição do terrorista Cesare Battisti. Os advogados também informam que Battisti solicitou certidões e informações ao Ministério Público Federal, Ministério da Justiça, Ministério das Relações Exteriores e Casa Civil a fim de obter cópias de procedimentos sobre ele, mas até o momento nenhuma informação foi prestada. Eles acreditam que o Ministério Público trabalha atualmente em uma ação civil pública para anular o ato presidencial que concedeu o visto de permanência a Battisti, e, consequentemente, processar sua deportação.

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