quarta-feira, 22 de novembro de 2017

A pedido de Doria, Câmara Municipal deve rejeitar nome da galega italiana e petista Marisa Letícia para rua em São Paulo


Seguindo recomendação do prefeito João Doria (PSDB), a Câmara Municipal de São Paulo deve rejeitar nesta quinta-feira (23) projeto que batiza com o nome da ex-primeira-dama, a galega italiana  Marisa Letícia Lula da Silva, mulher de Lula, uma rua na Chácara Santo Antônio, na zona sul da cidade. A base de apoio de Doria decidiu, nesta quarta-feira (22), fechar questão pela derrubada da proposta, que é encampada pela bancada do PT. 

O projeto, de autoria original do vereador Reis, prevê a denominação "dona Marisa Letícia" para o prolongamento da avenida Chucri Zaidan até a rua Laguna. A proposta foi aprovada em primeiro turno. Mas, como o prefeito rejeita a idéia, sua votação em segundo turno foi derrubada pelo vice-presidente da Câmara, o tucano Eduardo Tuma. Em consonância com Doria, Tuma trabalhou pela derrubada da sessão no dia 9. Desde então, a pauta está trancada. 

"Como é um projeto polêmico e tem rejeição de parte da casa, decidi derrubar a sessão para que não houvesse continuidade da votação. Fiz isso para evitar o constrangimento do prefeito em vetar", justificou Tuma. O próprio presidente da Câmara, Milton Leite (DEM), atua para inviabilizar a denominação da rua como Dona Marisa Letícia, morta em fevereiro de 2017. 

O PT apresentou seu projeto naquele mesmo mês. Oito meses depois, em outubro, Milton Leite propôs que a rua leve o nome do arquiteto Carlos Bratke, o que também não ocorrerá. Nesta quarta-feira, Milton Leite procurou Reis para que o PT retirasse o projeto. Em troca, seria apresentada nova proposta, registrando uma praça em M' Boi Mirim, no extremo sul, com o nome de dona Marisa. Reis recusou o acordo, alegando já ter informado Lula sobre o projeto, que carrega a assinatura de toda a bancada petista. 

Como a votação está travada desde o dia 9, Reis afirma que obstruirá as sessões, discutindo cada um dos 80 projetos em pauta, caso a Câmara não leve o seu à votação. "Estarei em obstrução até o resto do meu mandato", diz o petista. Em resposta, os aliados de Doria se organizam para derrotá-lo nesta quinta-feira (23).

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