sábado, 18 de novembro de 2017

Argentina mantém as buscas por submarino desaparecido com 44 tripulantes e Brasil manda três navios para ajudar


O governo argentino continua hoje (18) as buscas pelo submarino ARA San Juan, com 44 tripulantes, que desapareceu dos radares na última quarta-feira (15). O porta-voz da Armada Argentina, Enrique Balbi, informou que “não descarta nenhuma hipótese”, mas acredita que o submarino “esteja em superfície”. A busca pelo submarino está sendo feita pela água e com ajuda de aviões e, segundo Balbi, metade de área de operação já foi rastreada. Entre os equipamentos utilizados na busca há um avião P-3 da Agência Espacial Norte-Americana (Nasa), que sobrevoou a área do Golfo San Jorge, próximo à Península de Valdez, de onde o submarino enviou sua última localização.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores e Culto da Argentina, “os governos do Chile, dos Estados Unidos e do Reino Unido ofereceram apoio logístico e intercâmbio de informações nesta busca humanitária”. Pelo Twitter, o presidente da Argentina, Maurício Macri, manifestou o compromisso de utilizar todos os recursos nacionais e internacionais para encontrar o submarino ARA San Juan o mais rápido possível” e disse estar em contato com as famílias da tripulação do submarino “para informá-los e apoiá-los”. O papa Francisco, que é argentino, disse estar em “oração fervorosa” pelos 44 tripulantes do submarino San Juan. Em mensagem enviada neste sábado a autoridades religiosas argentinas, Francisco manifestou solidariedade às famílias dos marinheiros e às autoridades civis e militares do país “nestes momentos difíceis”. Na mensagem, enviada pelo cardeal secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, o papa ainda incentiva os esforços para encontrar o submarino e recomenda às autoridades que mantenham a “esperança cristã” nesta situação.

O Brasil está participando dos esforços da Marinha da Argentina para encontrar e resgatar o submarino. Segundo o ministro Raul Jungmann (Defesa), o Brasil enviou três embarcações para a região das buscas: o navio de socorro submarino Filinto Perry, a fragata Rademaker e o navio polar Maximiano. Jungmann disse também que o Comando da Aeronáutica colocou à disposição dos argentinos um avião C-105 de busca e salvamento e um quadrimotor de patrulha marítima de longa distância P-3. 

O ARA San Juan estava em um exercício de vigilância na zona econômica exclusiva marítima argentina a cerca de 400 km a leste de Puerto Madryn, na Patagônia (sul do país). Ele se dirigia de volta à sua base em Mar del Plata, ao norte, quando as comunicações foram interrompidas. A Argentina aceitou ajuda ainda dos Estados Unidos, que enviou o avião P3 explorador da NASA, que estava estacionado na cidade do sul de Ushuaia e se preparava para partir para a Antártica. O Reino Unido também ofereceu apoio nas buscas pelo ARA San Juan e disponibilizou um avião Hércules que opera nas ilhas Falklands. 

Outros países que manifestaram ajuda ao governo argentino foram Uruguai, Chile, Peru, e África do Sul. "A detecção tem sido difícil apesar da quantidade de barcos e aeronaves" envolvidos na busca, disse o porta-voz da Marinha argentina, Enrique Balbi, observando que ventos fortes e altas ondas estão complicando as buscas. Há relatos na imprensa local de que houve um incêndio nas baterias do barco, mas a Marinha argentina não confirma a informação. 

Na sexta-feira circulou m boato de que o barco havia sido encontrado, mas ele foi negado pelo porta-voz da Marinha. "Esperamos que esteja na superfície", disse Balbi. O San Juan foi completado em 1985, e passou por uma longa revisão para lhe dar mais 30 anos de vida útil, que acabou em 2013.

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